Com o clima gelado do inverno, naturalmente as pessoas fecham as janelas e portas da casa, evitando a circulação de ar e facilitando, assim, a proliferação de vírus e doenças respiratórias. A estação mais fria do ano exige cuidado redobrado com a saúde não apenas dos seres humanos, mas também dos animais de estimação como cães e gatos.
Segundo a médica-veterinária e diretora clínica do Grupo Vet Popular (São Paulo/SP), Caroline Mouco Moretti, quando a temperatura começa a baixar, algumas doenças aparecem com maior frequência e, com isso, os cães e gatos podem apresentar sintomas semelhantes à gripe humana como espirros, secreção nasal, secreção ocular, dificuldade para respirar, desidratação, febre, prostração, falta de apetite e, no caso dos cães, acrescenta-se a tosse.
A especialista ressalta que, durante o inverno, os hospitais veterinários ficam repletos de cães com gripe canina e gatos com rinotraqueite felina, ambas doenças respiratórias, a primeira podendo ser acometida por vírus ou bactérias e a segunda é exclusiva viral. “Essas patologias têm seu aumento na época de inverno e o método de prevenção mais eficiente que a Medicina Veterinária possui hoje é a vacinação, por isso é importante mantê-las em dia”, alerta Caroline.
Ainda, em dias mais frios, as doenças ortopédicas, que acometem mais os animais geriátricos, tendem a piorar seus sintomas. A médica-veterinária ressalta que a mais comum e com maior incidência é a artrose – inflamação crônica das articulações. A sua causa pode ser secundária a um trauma, ruptura de ligamentos, exercícios constantes de alto impacto ou artrite secundária e, em raras vezes, pode ter seu início sem fator inicial. “Seu controle é baseado em analgésico, anti-inflamatório, condroprotetores e até cirúrgicos, se necessário”, diz.
Além do cuidado especial no inverno, os animais de estimação merecem atenção redobrada durante ano todo, já que cães e gatos estão suscetíveis a uma gama muito grande de doenças infecciosas virais, bacterianas, parasitárias, as autoimunes e as doenças adquiridas. De acordo com a especialista, algumas delas são chamadas de zoonoses, doenças que são transmitidas para o homem através dos animais como leptospirose, toxoplasmose, dipilidiose, raiva, salmonelose e dermatomicoses. “Para evitarmos que nossos cães e gatos não tenham doenças que possam ser transmitidas a nós e nossos familiares, temos que manter a vacinação, vermifugação, antipulga, anticarrapaticida e as visitas ao médico-veterinário em dia”, finaliza.
Fonte: AI, adaptado pela equipe Cães&Gatos VET FOOD.