Um abrigo para animais localizado na província tailandesa de Chonburi, a sudeste da capital, Bangkok, sofreu forte impacto com a pandemia: a redução drástica de visitantes estrangeiros e a perda de 40% nas doações ameaçam sua capacidade de se manter pelos próximos meses, informa a agência de notícias Reuters.
Enquanto luta por sua sobrevivência financeira, o abrigo cuida de 600 cães e alimenta mais 350 que vivem nas ruas – um gasto diário de US$ 1.300. Destes cachorros, 27 são deficientes, a maior parte deles vítimas de acidentes.
Mesmo sem o movimento das patas traseiras, esses cães circulam por todo o território do abrigo, latindo, uivando e com a cauda abanando para todos os lados. Eles se movimentam com a ajuda de cadeiras de roda, que são amarradas a seus corpos, sustentam a parte de trás e permitem que corram até em alta velocidade.
Campanhas suspensas. O abrigo, administrado por uma fundação chamada The Man That Rescues Dogs, foi criado por um sueco que se mudou para Chonburi em 2002 e ficou tão consternado com as más condições dos animais abandonados que começou a cuidar deles depois do trabalho.
Na Tailândia, estima-se que há mais de 800 mil cães e gatos de rua, segundo levantamento de 2017 – número que pode chegar a 5 milhões em 2037.
No abrigo, os voluntários dedicam cuidado especial aos cães deficientes físicos, o que inclui sessões de exercícios e fisioterapia. Mas desde o início da pandemia, as campanhas para esterilizar e castrar os animais foram suspensas integralmente.
“Eles correm tão rápido que, nós, humanos, não conseguimos alcançá-los. É quase como se eles não tivessem ideia de que são portadores de deficiência. Quando você os coloca na cadeira de rodas pela primeira vez, é como se não houvesse curva de aprendizado”, disse o funcionário do abrigo, Christopher Chidichimo, à Reuters.
Fonte: G1, adaptado pela equipe Cães&Gatos VET FOOD.