Contar com a companhia de um animal de estimação resulta em inúmeros benefícios para a saúde dos tutores, principalmente se estes forem idosos. Com a chegada da pandemia e a necessidade em se realizar o distanciamento social, a relação tem se tornado cada vez mais importante.
De acordo com a médica-veterinária e presidente da Comissão Técnica de Bem-estar Animal do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP) Cristiane Pizzuto, o pet desempenha um papel de muita importância para esse grupo de pessoas. “Muitas vezes o animal acaba exercendo a função de objetivar a vida do idoso quando ele está sem atividades, pois ele terá que cuidar do pet”, analisa a médica-veterinária.
Ainda segundo ela, a interação do animal com o humano é extremamente benéfica, para ambas as partes “Essa relação desencadeia inúmeros processos fisiológicos, liberação de hormônios do prazer, que são essenciais em todas as faixas etárias, em especial na terceira idade. Poder proporcionar alegria ao idoso e também gera impactos positivos à saúde do pet”, explica.
E o melhor, com os animais o idoso não se sente sozinho, como defende o médico-veterinário Otávio Verlengia, da Comissão Técnica de Clínicos de Pequenos Animais do CRMV-SP. “Há estudos que comprovam que só pelo gesto de passar a mão no animal já se consegue baixar a pressão, controlar o estresse, e melhorar o emocional”, pontua.
Por isso, saber escolher o pet que mais combina com o tutor também é muito importante. Segundo os profissionais, primeiramente é necessário avaliar as condições físicas e de mobilidade de cada idoso e o tempo que o mesmo terá disponível, já que será responsável pelo animal. Também é preciso considerar cada tipo de pet, seu comportamento e suas necessidades físicas e psicológicas, para fazer uma boa escolha.
“Cães de grande porte são ótimas companhias, mas podem ser perigosos para os idosos, porque pulam, gostam de brincar e têm muita força, podendo causar quedas. Se for um idoso menos ativo, o ideal é optar por um animal que não exija muita atividade física”, avalia o médico-veterinário Otávio Verlengia, da Comissão Técnica de Clínicos de Pequenos Animais do CRMV-SP.
Fonte: CRMV, adaptado pela equipe Cães&Gatos VET FOOD.