Medico-veterinário do CFMV salienta diagnóstico e tratamento da patologia[
Com a chegada do Outubro Rosa, período em que a importância da prevenção do câncer de mama e de colo de útero ganha força, também dentro da Medicina Veterinária, com o Outubro Rosa Pet, o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) alerta que a melhor forma de prevenção da doença em pets é a castração.
De acordo com o estudo “Tumores mamários caninos – Novas perspectivas”, pelos pesquisadores e médicos-veterinários Felisbina Queiroga e Carlos Lopes, os tumores mamários correspondem a 52% de todos os tumores e são o mais comum entre as cadelas. Em felinos é o terceiro tipo mais comum, sendo mais de 80% maligno. Os animais mais velhos, com cerca de 10 anos e animais que foram castrados após inúmeros cios possuem as maiores incidências. Já os machos, raramente apresentam o problema, com cerca de apenas 1% dos casos.
Para o médico-veterinário e tesoureiro do CFMV, Wanderson Alves Ferreira, castrar é prevenção. “Castrar é a melhor maneira de se prevenir vários males. Isso deve ser feito antes do primeiro cio, por volta dos cinco, seis meses de idade, pois reduz as chances de se desenvolver um tumor de mama para quase zero. Esse tumor pode ser hormônio-dependente, então, ao castrar o animal, as chances de desenvolvimento do tumor de mama diminuem muito”.
A castração também evita outros males. “Em cadelas idosas é muito comum a infecção uterina, chamada piometra. A castração evita também esses problemas futuros”, explica Ferreira.
O médico-veterinário também ressalva que o surgimento do câncer mamário está relacionado, além dos fatores genéticos, com a produção dos hormônios estrogênio e progesterona. “O risco está associado à quantidade de ciclos estrais (reprodutivo), aumentando as chances a cada ciclo. Em gatas, o risco aumenta em até sete vezes, se comparadas a fêmeas castradas na puberdade”, esclarece.
Com isso, fazer o exame de toque no animal é extremamente indicado pelos médicos-veterinários, sendo essa a primeira ação para identificar alguma anormalidade nas regiões das mamas. Em caso de identificação , é imprescindível um exame mais aprofundado por um médico-veterinário.
O tratamento é cirúrgico, por meio de extração das mamas e a quimioterapia pré ou pós-cirúrgica e o uso de alguns medicamentos anti-inflamatórios também são modalidades terapêuticas utilizadas.
Fonte: CFMV, adaptado pela equipe Cães&Gatos VET FOOD.