Direcionamento e reforço positivo são essenciais para os profissionais
O bem-estar de toda a equipe é fundamental para um trabalho bem executado e para um ambiente agradável. Entre os especialistas, a comunicação é vista como o ponto primordial para se atingir esse estado. Para isso, é necessário ser claro e objetivo e os profissionais ressaltam: não existe excesso.
A especialista em gestão de centros veterinários, Elisabete Capitão, diz que essa mudança de atitude pode gerar satisfação nos colaboradores. Para construir esse cenário, diversas medidas são fundamentais, como coloca a profissional: “Temos de comunicar o que vamos fazer em cada período, estabelecer objetivos anuais e sentarmo-nos com as pessoas, por exemplo, trimestralmente, para avaliar o que está ou não está correndo bem”.
Elisabete ainda reforça que muitas queixas no ambiente de trabalho ocorrem, pois muitos profissionais se sentem perdidos. “É preciso saber o que se quer e para onde se quer ir. Porque, muitas vezes, o gestor diz uma coisa e depois no dia a dia faz outra e essas incertezas geram confusão, desconforto e infelicidade”, classifica.
E como comunicar? Os gestores também divergem na hora de escolher a melhor maneira de se dirigirem a seus colaboradores. Pedro Requicha, do Hospital Veterinário do Oeste (HVO), considera que a melhor forma de comunicar é por e-mail, sempre por escrito, para depois não haver ‘diz que disse ou não disse. Já a diretora clínica da Patas & Pelos, Paula Madureira, frisa que é muito importante comunicar as tarefas e objetivos de cada um e da clínica, mas também estimular a comunicação entre os colaboradores. “Quando procuramos alguém novo temos de pensar na felicidade do grupo, avaliando se além da qualidade profissional aquela pessoa nos parece ter uma maneira de ser que se enquadra na equipe”, diz Paula.
Salário e incentivos financeiros, bem como a formação,são outras formas de assegurar a felicidadedos colaboradores (Foto: reprodução)
Para isso, Elisabete reforça que é fundamental ter um profissional dentro da empresa que atue como um mentor. “Ouço muitos dos iniciantes dizendo que são colocados frente aos clientes, muitas vezes, à noite ou ao fim de semana e não têm experiência, nem ninguém para discutir os diagnósticos e prognósticos com eles”, reforça.
A especialista também frisa que é necessário haver orientações claras no negócio senão é como uma estrada sem sinais e há que seguir sempre essas orientações. “Não podemos dizer que o cliente está em primeiro lugar e depois andar sempre com queixas e dizer mal do cliente”.
Outro fator importante destacado por Elisabete é o reconhecimento positivo, do que é bem feito. “Não podemos falar apenas do que se fez mal, mas, também, do que foi bem executado”, menciona a diretora, que ainda conta uma situação que aconteceu ano passado, em uma altura em que, por causa do volume de trabalho, algumas validações foram perdidas. “Nas reuniões, disse que tínhamos de nos organizar porque isso não podia acontecer, mas, depois de tentarmos vários métodos, a situação não se resolvia. Então, uma das nossas enfermeiras meteu mãos à obra e, com muito trabalho e um sistema de cores, simples e eficaz, conseguiu sanar o problema”.
A resposta da profissional? O reconhecimento. “Elogiei-a em privado, mas também fiz questão de referir esse bom trabalho e esforço em uma das reuniões com toda a equipe”. Além disso, Elisabete destaca que é fundamental as pessoas conviverem fora do ambiente de trabalho. “Fazemos um almoço periódico em conjunto e também já tivemos um fim de semana com as famílias, para fomentar o convívio e a abertura entre as colaboradoras”, completa.
Fonte: Veterinária Atual, adaptado pela equipe Cães&Gatos.