Gatos que são acometidos pelo câncer de mama têm os níveis de leptina livre diminuídos significativamente, segundo um estudo do Centro de Investigação Interdisciplinar em Sanidade Animal (CIISA), da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. Estes animais de companhia também tinham níveis de leptina sérica significativamente mais baixos. A leptina é um hormônio produzido pelas células de gordura e está relacionada com o controle do apetite.
Os gatos que tinham tumores luminais B e o HER2 positivo são os que mais tiveram os níveis de leptina reduzidos. Os tumores ulcerados e a sobrevivência livre de doença mais curtas foram associados a níveis de leptina sérica acima de 4,17 pg/ml. Contrariamente, níveis elevados de receptor de leptina (ObR) foram encontrados no soro de todos os gatos com carcinoma de mama com níveis superiores a 16,89 ng/ml, normalmente associados a tumores menores, assim como valores negativos no receptor de estrogênio. O aumento dos níveis no soro de Cytotoxic T-lymphocyte antigen 4 (CTLA-4), fator de necrose tumoral α (TNF-α), proteína programada 1 da morte celular (PD1) e do ligando 1 de morte celular programada (PD-L1) foram, também, registados.
Em amostras tumorais, a leptina estava exageradamente presente em tumores luminais B e HER2, assim como o ObR teve uma presença enorme nos tumores luminais B. Em conjunto, estes resultados apoiam a hipótese de que os níveis de leptina e ObR podem ser utilizados como biomarcadores de subtipos específicos de carcinomas felinos da mama e sugerem o uso de antagonistas de leptina como uma ferramenta terapêutica.
O estudo investigou os níveis de leptina e ObR em 58 gatos com câncer de mama. Os dados foram comparados com os de animais saudáveis.
O estudo completo está disponível neste link.
Fonte: Veterinária Atual, adaptado pela equipe Cães&Gatos VET FOOD.
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