Um trio de etólogos – pesquisadores que estudam o comportamento animal – da Universidade Eötvös Loránd, na Hungria, descobriu, através de experimentos, que alguns cães conseguem lembrar nomes de brinquedos por até 2 anos.
No novo estudo, publicado no periódico Biology Letters, Shany Dror, Ádám Miklósi e Claudia Fugazza ensinaram nomes de brinquedos a vários cães e depois os esconderam por 2 anos para aprender mais sobre a memória de longo prazo dos cães.
Pesquisas anteriores já haviam mostrado que os cachorros são capazes de associar palavras humanas a um brinquedo, sabendo quando buscar um objeto de nome específico ao ser solicitado. Estudos anteriores também mostraram que algumas raças são melhores em fazer essas associações, assim como alguns indivíduos dentro das raças.
Os pesquisadores envolvidos neste novo estudo se perguntaram se tais cães retêm essas associações devido ao uso repetido, ou se eles, como os humanos, são capazes de armazená-las na memória de longo prazo. Para descobrir, eles realizaram um experimento envolvendo cinco cães aos quais foram ensinados o nome de 12 brinquedos que nunca tinham visto antes.
Após se certificarem de que os animais tinham aprendido as palavras completamente, os pesquisadores guardaram todos os brinquedos por dois anos. Passado o período, eles mostraram os itens novamente a cada um dos animais e, após misturá-los, pediram que eles recuperassem os brinquedos após o chamarem pelo nome associado. Cada cão foi testado duas vezes para cada objeto.
Os pesquisadores descobriram que, em média, os cachorros foram precisos em recuperar o brinquedo especificado 44% das vezes, enquanto alguns tiveram uma taxa de precisão de até 60%. Os cientistas observam que os resultados são muito melhores do que um mero acaso, provando que os cães se lembraram dos brinquedos e dos nomes por 2 anos — uma indicação clara de que eles os armazenaram na memória de longo prazo.
Fonte: Revista Casa e Jardim, adaptado pela Equipe Cães e Gatos.
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