Conforme os pets vão envelhecendo é preciso redobrar os cuidados com a saúde deles, inclusive com relação a feridas de pele, que surgem no tecido já fino e alterado devido à idade.
Quando esses machucados demoram mais de três semanas para cicatrizar, as lesões podem ser consideradas feridas crônicas e são um sinal de alerta.
“Além da idade avançada, podem contribuir com o surgimento das feridas crônicas a obesidade, problemas vasculares e neoplasias. Ao primeiro sinal, os tutores devem levar o animal para uma consulta com o veterinário, que vai realizar o diagnóstico correto”, explica Erika Ricci, médica-veterinária da clínica veterinária especializada em pequenos animais do Nouvet.
Atenção às doenças silenciosas mais comuns
As feridas crônicas podem estar relacionadas a algumas doenças “silenciosas”, ou seja, que até então não demonstraram outros sintomas. É o caso de condições como diabetes, hipotireoidismo, doenças imunomediadas, alergias e infecções causadas por fungos e bactérias.
Entre essas infecções, que podem provocar coceira, vermelhidão e feridas, destacam-se as piodermites, infecções bacterianas, que afetam os folículos pilosos e outras estruturas mais profundas, e fúngicas, como a esporotricose, uma micose que, além de feridas na pele, pode se disseminar pelo organismo.

Por isso, a Médica Veterinária alerta que é importante estar atento caso o pet apresente coceira intensa, lambedura excessiva e/ou queda de pelos na área afetada. A atenção deve redobrar se as feridas durarem mais de dez dias e se houver presença de mau cheiro, pus ou outras secreções.
Também é possível observar as mudanças no comportamento, pois, ainda que sejam pets idosos e a energia diminua naturalmente, pode haver apatia e irritabilidade.
“Desaconselha-se o tratamento das feridas com medicamentos de uso humano ou soluções caseiras, visto que o tratamento inadequado pode estressar o animal e levar a outros traumas e complicações. Cada caso deve ser analisado e diagnosticado, sendo o tratamento adequado prescrito pelo veterinário. O tutor pode realizar a limpeza com sabão neutro e utilizando luvas de procedimento descartáveis, ao menos, até que se tenha o diagnóstico concluído”, comenta a profissional do Nouvet.
Apesar de nem sempre ser possível evitar o surgimento das feridas crônicas, devido a questões hormonais e do próprio organismo do animal, é importante ter ações preventivas.
Para isso Erika orienta manter a higiene do pet e do ambiente em que ele vive, controlar os parasitas, como pulgas e carrapatos, e, claro, manter consultas regulares ao veterinário.
Fonte: Nouvet, adaptado pela equipe Cães e Gatos.
FAQ
Quando uma ferida é considerada crônica?
As feridas são consideradas crônicas quando demoram mais de três semanas para cicatrizar.
Quais doenças estão associadas a feridas de pele em animais idosos?
As feridas crônicas podem estar relacionadas a doenças, como obesidade, diabetes, hipotireoidismo, enfermidades imunomediadas, alergias e infecções causadas por fungos e bactérias.
O que fazer ao notar um ferida de pele no pet idoso?
Sempre que for percebida uma ferida de pele em um animal idoso é fundamental levá-lo para uma consulta veterinária, visando alcançar um diagnóstico adequado e realizar o tratamento correto.
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