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FRANÇA ACUMULA NÚMEROS E DIVERSIDADE DE ANIMAIS ABATIDOS EM CAÇA

FRANÇA ACUMULA NÚMEROS E DIVERSIDADE DE ANIMAIS ABATIDOS EM CAÇA Animais criados para morrer são tema de debate ético no País
Por Equipe Cães&Gatos
Por Equipe Cães&Gatos

Animais criados para morrer são tema de debate ético no País

Quem caminha pelas florestas da França nessa época do ano pode ouvir os tiros. A caça faz parte da história do País há muitos anos. Pinturas rupestres encontradas em cavernas representam cenas de caça da pré-história. Mas, ao defender valores como a não violência e o respeito aos seres vivos, uma parte da sociedade moderna tenta estabelecer uma nova relação com o mundo animal. 

Hoje qualquer cidadão francês pode ter acesso a uma permissão para matar animais. Os bichos mais frequentes na mira dos caçadores são: veados, cervos, javalis, lebres, coelhos, raposas, faisões, patos e perdizes. A lista inclui 91 espécies, o que faz da França um dos países campeões na Europa em diversidade de fauna abatida: 69 delas são de aves e mais de 20 estão em situação de risco. E o que sempre foi uma tradição, agora, gera debate na sociedade, ainda que a caça seja altamente regulamentada no País.

cervo

A cada ano, cerca de 40 milhões de animais selvagenssão mortos na França (Foto: reprodução)

Atualmente, esse é o hobby de 1,2 milhão de franceses. O País tem um dos mais longos períodos de caça da Europa, durando, em média, de setembro a fevereiro, com variações nos diferentes departamentos. Os tipos de animais, as quantidades abatidas e os horários são rigidamente controlados, assim como o tipo de armamento, os calibres e a distância mínima para atirar. O problema, portanto, não está na falta de regras, mas na natureza da atividade.

“O caçador é um apaixonado, ele ama o seu espaço, ele cuida do seu espaço e gerência as espécies, ele não quer dinheiro, ele simplesmente quer garantir o interesse das espécies”, afirma o diretor-geral da Federação Nacional dos Caçadores da França, Nicolas Rivet. 

Criados para morrer. A cada ano, cerca de 40 milhões de animais selvagens são mortos na França. “A maior parte dos animais são selvagens. Especialmente os javalis, veados e servos. Depois, há os animais criados, às vezes, como faisão e outros pássaros”, explica Rivet. 

Há certos lugares em que há uma baixa da população, então ele conta que são soltados animais criados em cativeiro, de maneira a repovoar o território. “Isso permite manter as populações de pássaros nesses lugares e fazê-las aumentarem”, argumenta Rivet. Contudo, muitos desses bichos vivem apenas algumas horas, ou dias. 

A criação de animais para servirem como alvos vivos é outro ponto controverso. Entidades protetoras da fauna selvagem denunciam que a libertação de animais de cativeiro enfraquece as populações naturais, perturbando os ecossistemas. 

A Associação pela Proteção dos Animais Selvagens (Aspas) investigou alguns desses criadouros. Os vídeos mostram as condições de reprodução de 14 milhões de faisões e 5 milhões de perdizes criados para abastecer a caça. Em gaiolas individuais minúsculas ou em grandes aviários, os animais podem passar horas na escuridão contínua ou sob luz artificial, são mutilados, vítimas de colisões e asfixia por confinamento. 

Quando finalmente são libertados, os que escapam das balas, dificilmente sobrevivem por dificuldade de adaptação à vida selvagem, não sabem se alimentar ou se proteger, como explicam os pesquisadores que lançaram uma petição pedindo a interdição desses locais.

Pelo lado ético, as sociedades protetoras dos animais destacam trabalhos científicos comprovando que os animais são seres sensíveis. Inúmeras pesquisas já demonstraram que mamíferos e aves, por exemplo, compartilham o nosso universo sensorial e emocional, experimentando sentimentos, vontades, medo e sofrimento. 

Fonte: G1, adaptado pela equipe Cães&Gatos VET FOOD.

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