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Clínica e Nutrição

Frequência de defecação aumentada pode ser sinal de colite granulomatosa

Por Equipe Cães&Gatos
fezes
Por Equipe Cães&Gatos

A colite granulomatosa (CG), também chamada de colite ulcerativa histiocítica, colite do boxer ou CG dos braquicefálicos, foi descrita, inicialmente, por Van Kruiningen, em cães da raça boxer, nos Estados Unidos.

Os cães acometidos apresentam aumento na frequência de defecação, diferentes níveis de tenesmo, fezes fétidas, marrom-escuras, com estrias de sangue, líquidas e com muco (colite hemorrágica). Alguns cães apresentam fezes moles, mas nem sempre, diarreicas. Na maioria dos casos, não há perda de peso, nem redução do apetite, além de pele e pelagem permanecerem com aspecto saudável.

Porém, em casos mais crônicos, os cães podem apresentar emagrecimento progressivo, sobretudo pela provável extensão da inflamação para outros segmentos intestinais (íleo, por exemplo).

O diagnóstico precoce é possível devido os achados característicos, ou mesmo patognomônicos de infiltrados de macrófagos fortemente positivos. Na colonoscopia, constata-se a presença de pregas espessas, podendo existir massas proliferativas e ulceração da mucosa, perda da distensibilidade da parede e obstrução parcial da luz intestinal devido edema difuso.

Este trabalho tem por objetivo relatar um caso de CG em um cão da raça bulldog inglês, no interior de São Paulo, bem como salienta os achados clínicos e patológicos relacionados à doença.

RELATO DE CASO

Um cão bulldog inglês, macho, 11 meses, 14Kg, castrado, apresentando hematoquezia, frequência de defecação aumentada com episódios de diarreia de curso crônico e aspecto mucoide.

O relato completo está na edição nº 264, de agosto de 2021.

REFERÊNCIAS

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