Cláudia Guimarães, de São Paulo (SP)
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A PremieRpet luta para que a nutrição e a pesquisa científica atinjam a importância que elas, de fato, merecem dentro da Medicina Veterinária. Por isso, pelo nono ano consecutivo, a empresa entregou seu Prêmio de Pesquisa a três profissionais, na noite de 01 de junho, no Jockey Club de São Paulo, em um jantar repleto de momentos memoráveis.
Mas, desta vez, a homenagem não foi apenas aos premiados e aos participantes do prêmio. A vida e trajetória profissional do médico-veterinário Marco Antônio Brunetto, falecido em abril deste ano, e considerado por muitos como um “pai científico”, foram aplaudidas durante o encontro. No telão, várias fotos de Brunetto foram exibidas, ao lado de alunos, orientandos, colegas e equipe da PremieRpet, que, por muitos anos, contou com a parceria do profissional em várias ações.
Vencedores
Por mérito de Brunetto e de seu trabalho, que sempre foi impecável, os três trabalhos premiados neste ano tiveram sua orientação. Andressa Rodrigues Amaral ocupou o primeiro lugar do 9º Prêmio de Pesquisa PremieRpet e revela que esta pesquisa foi um braço de seu trabalho de mestrado. “Nós recrutamos alguns animais que têm doença inflamatória intestinal e avaliamos o efeito de prebióticos na aplicação da microbiota”, resume.
Na visão de Andressa, a participação da indústria em iniciativas que apoiam a pesquisa é uma forma de contemplar a extensão. “Temos aqueles três braços: ensino, pesquisa e extensão e, cada vez que temos o apoio da indústria, por exemplo, num prêmio de pesquisa, fomentando esse tipo de reunião entre acadêmicos, conseguimos contar para as pessoas o que estamos fazendo, já que, para ganharmos um prêmio, temos que fazer algo que seja relevante. Com essa iniciativa, a pesquisa não fica somente arquivada, ela é divulgada de uma forma muito legal, que dá reconhecimento ao pesquisador”, declara. Ela agradece à PremieRpet por sempre ser uma grande parceira de seu grupo de pesquisas. “E, também, ao meu orientador, que sempre nos acolheu e deu oportunidade para que crescêssemos e desenvolvêssemos ótimos trabalhos”, adiciona.
O segundo lugar foi conquistado por Adrielly Aparecida do Carmo, cujo trabalho focou em testes de dietas caseiras para felinos. “Testamos metais tóxicos e minerais e ausências de minerais nas dietas caseiras disponíveis no mercado. Nosso trabalho teve como intuito mostrar e sanar algumas dúvidas que os tutores têm sobre se a dieta caseira é, realmente, segura. Assim, pegamos as principais dietas que têm nos mercados do Brasil e, por meio delas, fizemos análise bromatológicas e obtivemos alguns dados em relação à presença de metais tóxicos, infelizmente”, complementa.
Com isso, Adrielly percebeu que muitos tutores de animais de companhia só estão alimentando e não nutrindo os pets, o que tem uma grande diferença. “Eu entendo como é ser um tutor e ter dúvidas. Então, é muito gratificante levar a verdade”, afirma. Ela também agradece à PremieRpet por perpetuar a pesquisa, por meio desse prêmio que serve como um ótimo incentivo aos pesquisadores.
O terceiro lugar do prêmio foi para Daniel Pereira Sanches Plácido, que fez um relato de caso de sua cachorra, inclusive. “Ela apresentou alergia a beta-glucano, um tipo de nutracêutico, e essa alergia surgiu devido à obesidade do animal. Então, montamos um estudo, já que este é um caso raro, sendo nossa principal dificuldade: pesquisar e estudar sobre o assunto.
Plácido explica que o beta-glucano é um nutracêutico com várias propriedades e, atualmente, tem sido muito estudado. “Percebemos que ele possui um tipo de proteína que faz com que gere alergia. Para o profissional, ter um prêmio como este é excelente, principalmente no Brasil, que é um País que investe pouco em pesquisa,. “Acho super importante, pois valoriza e dissemina conhecimentos”, opina.
Visão de quem organiza
E é justamente isso que a diretora de Planejamento Estratégico e Marketing Corporativo da PremieRpet, Madalena Spinazzola, destaca: o Prêmio de Pesquisa visa prestigiar a comunidade acadêmica e a produção de conteúdo técnico-científico. “É a nossa demonstração de prestígio para a produção de conteúdo científico da forma mais genuína, mais importante e mais duradoura, junto à comunidade acadêmica. Ao longo desses nove prêmios, percebemos evolução na qualidade dos trabalhos, aumento do número de participantes no projeto, que já faz parte do calendário do mercado”, destaca.
Para a PremieRpet, isso é motivo de orgulho e motivação para que o prêmio continue nas suas próximas edições, cada vez mais recheado com o que a empresa mais valoriza nele: a produção de conteúdo com profundidade. “Esses materiais contribuem, de fato, para a Medicina Veterinária com inovação, com pesquisa que vem dessa geração que tem muito, ainda, a contribuir para o mercado, para a nutrição em geral”, avalia a executiva.
Neste ano, a empresa recebeu 25 trabalhos e Madalena revela como se dá o processo de avaliação dos materiais: “Temos uma comissão que faz a avaliação dos trabalhos. Essa comissão é formada, inclusive, por pessoas que estão fora da PremieRpet, para garantir a idoneidade, para que seja feita uma avaliação bem profissional e isenta. Então, os prêmios são avaliados em relação ao tema que eles abordam e a profundidade do desenvolvimento da pesquisa”, salienta.
Sobre o fato de todos os trabalhos premiados terem sido orientados por Brunetto, Madalena afirma: “Pra gente, é uma imensa honra. Não conseguimos estar aqui, hoje, sem pensar nele; não conseguimos pensar no Prêmio de Pesquisa sem pensar nele, que era o motor, o propulsor da pesquisa acadêmica, por meio dos alunos dele e, também, por ele mesmo. Como motor dessa veia tão importante para o mercado, ele era um visionário, uma pessoa que estava muito à frente em termos de pensamento científico, do que poderia se transformar a nutrição, da importância e do papel da nutrição. Por isso, sentimos uma falta imensa e, ao mesmo tempo, nos sentimos muito honrados de ter o que ele deixou de mais importante, de mais bonito, que são os alunos dando continuidade ao que ele iniciou. Temos certeza que, de alguma forma, ele está aqui hoje”, acentua.
Valorização a todos!
Apesar de apenas três trabalhos receberem o prêmio, todos os participantes da edição foram convidados para participar do jantar. Segundo Madalena, a premiação é apenas uma formalização, mas todos têm importância e todos os trabalhos são homenageados. É o caso de Laleska Barbosa, que elaborou um trabalho sobre carne cultivada para alimentação de cães e gatos, orientada pela Prof. Cátia Massari.
“Foi muito importante para mim participar desse jantar, mesmo não tendo recebido o prêmio, porque é um incentivo a mais para continuar nesse mundo da pesquisa que é tão escasso, principalmente, financeiramente, mas, também, da busca dos alunos mesmo, que não têm muito interesse”, diz.
Para ela, o investimento que a PremieRpet oferece à pesquisa é necessário para os estudantes terem um incentivo a mais para poder ver um mundo além da atuação dentro da clínica veterinária. “Serve de exemplo para que outras empresas também possam abrir essas portas para nós, futuros veterinários, futuros pesquisadores, futuros clínicos, também”, encerra.