Todos sabem que gato é “esquema de pirâmide”. Um é pouco, dois é pouco e 20 ainda é pouco. Mas, antes de decidir adotar um novo felino, você, tutor, deve se questionar se essa adição será benéfica, tanto para o animal que chegará, quanto para os que já são moradores da casa.
A questão envolve diversas considerações. Alguns gatos vivem bem com outros, enquanto outros preferem a companhia de si mesmos. “Gatos são animais com um comportamento social complexo: na natureza, vivem em colônias, mas, muitas vezes, caçam sozinhos. Assim, mesmo entre gatos domésticos, a disposição para socializar pode variar”, afirma o profissional que atua na área de comportamento felino, Jackson Galaxy.
O profissional separa algumas dúvidas recorrentes entre os tutores durante a escolha de um novo felino. Confira as dicas de Galaxy para proporcionar uma convivência harmoniosa e saudável entre todos os bichanos da casa:
Devo adotar um macho ou uma fêmea? Um adulto ou um filhote? Não é necessário escolher o novo gato com base em gênero ou idade. A personalidade e a compatibilidade com os outros gatos ou com o ambiente são mais importantes. O especialista recomenda focar em características que facilitem a adaptação ao lar e à dinâmica já existente.
Tenho um gato FIV+. Posso adotar um gato que não é FIV+? Sim! Compreender mais sobre o FIV (Vírus da Imunodeficiência Felina), mais conhecido como aids felina, permite que gatos com ou sem o vírus convivam sem problemas. A transmissão ocorre, principalmente, por mordidas profundas, então, gatos não agressivos não precisam ser separados.
Tenho um gato sem garras. Posso adotar um gato com garras? Gatos sem garras tendem a utilizar mais os dentes para se defender e essa diferença não impede uma convivência saudável. No entanto, Galaxy reforça que nunca se deve arrancar as garras de um gato como forma de adaptação.
É importante o comportamento “alfa” ao escolher outro gato para adotar? A ideia de um “gato alfa” é uma percepção equivocada e não deve ser levada em consideração ao escolher um novo membro. O comportamento social entre gatos é complexo. “É melhor focar na personalidade do novo gato e nas interações que ele pode ter com os outros”, afirma.
Será que devo adotar um filhote tendo um gato idoso em casa? Introduzir um filhote pode ser estressante para gatos mais velhos, que, geralmente, não têm a energia ou paciência para brincar de maneira constante. No entanto, dois filhotes com gato mais velho pode ser um cenário mais vantajoso, pois os filhotes interagem entre si e auxiliam no desenvolvimento social.
Caso alguma dessas dúvidas frequentes e explicações do profissional tenham te ajudado e, depois de refletir, você acredita que um novo membro pode trazer felicidade a seus gatos, então, a decisão pode ser positiva. “A chave é sempre focar no bem-estar e na adaptação gradual, caso opte pela adoção”, salienta o especialista.
FAQ
É necessário escolher o novo gato com base no gênero ou idade?
Não, o mais importante é considerar a personalidade e a compatibilidade do novo gato com os animais e o ambiente da casa. Focar em características que facilitem a adaptação ao lar é mais eficaz do que se basear no gênero ou na idade.
Gatos com FIV podem conviver com gatos que não têm o vírus?
Sim, é possível. A transmissão do FIV ocorre principalmente por mordidas profundas. Gatos não agressivos podem conviver de maneira segura, independentemente de terem ou não o vírus.
Um filhote pode conviver bem com um gato idoso?
Introduzir um filhote pode ser estressante para um gato idoso, devido à diferença de energia e paciência. No entanto, adotar dois filhotes pode ser uma opção mais equilibrada, pois eles interagem entre si e diminuem a pressão sobre o gato mais velho.
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