Diversas especialidades da Veterinária são estudadas fora da grade curricular
Cláudia Guimarães, da redação
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Quando já formados, é comum encontrar veterinários participando de variados congressos focados na área de interesse ou atuação, como a Cardiologia Veterinária, por exemplo. Essa presença serve para se informar sobre as novidades e correlacionar o possível emprego de tais inovações para seu atendimento clínico e cirúrgico. Mas, vale lembrar que não só os que já possuem diplomas podem buscar múltiplas fontes de informações. Estudantes, ainda na graduação, também podem – e devem – estudar com mais afinco a especialidade que mais se identifica ou, por que não, todas? Assim, se ainda não sabe, descobrirá a qual área pertence.
A vice-presidente do Grupo de Estudos de Pequenos Animais (GEPA), da Universidade Anhembi Morumbi, Letícia Vieira da Silva, explica que o objetivo do grupo é complementar o conhecimento dos alunos participantes com temas relevantes e não discutidos profundamente no decorrer do curso. “Nós realizamos palestras semanais sobre diversos temas para ouvintes do primeiro ao décimo semestre e, recentemente, implantamos no nosso cronograma do semestre, atividades práticas para que os alunos possam praticar atividades não realizadas comumente durante a graduação”, conta.
As atividades do GEPA, segundo ela, geralmente, são divididas por módulos. “Até o semestre passado, realizávamos módulos de quatro palestras sobre as diversas especialidades veterinárias. Recentemente, como citado anteriormente, nós mudamos o formato e optamos por realizar módulos menores, incluindo uma palestra teórica e uma prática sobre determinada área”, reforça a Letícia que, entre os integrantes do grupo, possui maior interesse em Cardiologia Veterinária, especialidade que destaca, hoje (14 de agosto), o profissional que a executa, no Dia Nacional do Cardiologista. “A Cardiologia é uma área que me encanta muito, em razão de toda a dinâmica e funcionamento do sistema cardiovascular, como esse sistema influencia e se correlaciona com todos os demais sistemas e como o organismo atua para compensar eventuais alterações”, justifica.
Para Letícia, essa especialidade, atualmente, é de grande importância para a saúde dos animais, visto que a média de vida dos pets aumentou bastante, graças a todo cuidado oferecido. “Esse aumento implica na suscetibilidade a afecções decorrentes do envelhecimento, como as cardiopatias. Logo, profissionais especializados nessa área auxiliam na manutenção da qualidade de vida desses animais idosos da nossa sociedade”, destaca e menciona outro ponto chave para uma melhor avaliação aos animais: “As novas pesquisas e medicamentos garantem o melhor atendimento dos nossos pacientes, para proporcioná-los uma vida com qualidade, acima de tudo”.
Por fim, apesar de acreditar que alguns profissionais não se interessam pela especialidade, para Letícia, o estudo sobre essa área deve ser constante para oferecer aos pacientes o que há de melhor e evitar complicações por desconhecimento de novas medicações e medidas preconizadas. “Além disso, sempre que possível, é essencial recomendar o acompanhamento com o médico-veterinário especialista para garantir o maior dos objetivos: a saúde dos nossos amados pets”, finaliza.