A Hill’s Pet Nutrition convidou a equipe da Revista Cães e Gatos para ir, no dia 25 de março, para São Bernardo do Campo (SP). O motivo? Simplesmente, acompanhar o lançamento de mais um produto super especial da empresa: o Hill’s Science Diet Specialty Sensitive Stomach & Skin com proteína de inseto e Pollock do Alasca, com a aposta de que o futuro da ciência começa agora.

O novo alimento chega com uma proposta inovadora e desenvolvida para cães com pele e digestão sensíveis. Com alta digestibilidade, suporte ao sistema imune e ingredientes escolhidos com propósito, essa é a primeira ração completa com proteína de inseto da marca.
O veterinário especializado em nutrição pet da Hill’s, Flavio Lopes, explicou que o lançamento está disponível no Brasil como alimento de manutenção especial, desenvolvido para cuidar da saúde da pele e da pelagem de animais, visto que a proteína de inseto é um ingrediente inédito, alternativo e com menos propensão a causar alergia. A matéria-prima em questão é proveniente da espécie Hermetia illucens (black soldier fly – BSF). “O produto é indicado para pets que necessitam de suporte digestivo, auxiliando em casos de vômitos esporádicos e falta de apetite”, adicionou.
Em parceria com o Marine Stewardship Council (MSC), a empresa garante que o peixe Pollock do Alaska seja proveniente de pesca certificada que atende aos requisitos dos três princípios:
- pescar apenas cardumes saudáveis;
- garantir o manejo para que os cardumes se perpetuem;
- minimizar o impacto sobre outras espécies e ecossistema.
Como mencionado anteriormente, o novo alimento da Hill’s proporciona alta digestibilidade para absorção ideal de nutrientes e formação saudável das fezes, mas, também é rico em vitamina E e ácidos graxos ômega-6 para nutrição da pele e pelagem; antioxidantes clinicamente comprovados, vitamina C+E para suporte ao sistema imune; e possui fibra prebiótica para nutrir as bactérias intestinais benéficas e apoiar um microbioma intestinal saudável.
Segundo Flavio, a espécie Black Soldier Fly (BSF), empregada no alimento da Hill’s, é notável pelo elevado conteúdo proteico e altas concentrações de aminoácidos essenciais. “O perfil de gordura do ingrediente de inseto é composto de ácido láurico, ácido graxo que pode trazer benefícios para pacientes com enfermidades neurológicas, além de possuir alta digestibilidade dos nutrientes, graças à composição dos ingredientes e a quantidade de fibras”, explicou.
Conteúdos do dia
Para a programação temática do dia, a Hill’s convidou profissionais qualificados para abordar informações relevantes sobre a proteína de insetos para os cães. Aliás, vale lembrar que, por enquanto, o lançamento foca apenas na espécie canina.


A zootecnista da empresa Protix, Bruna Agy Loureiro, veio diretamente da Holanda a convite da empresa para apresentar duas palestras. Durante as apresentações, Bruna comentou que, com uma população mundial em constante crescimento, garantir alimentos para todos é um dos grandes desafios da atualidade. Portanto, para ela, esse cenário exige reflexão, planejamento e ação. “Somos uma população crescente e não temos condições de alimentar toda a população como fazemos hoje, por isso, é o momento de pensar e se preparar para isso”, alertou.
Segundo a zootecnista, embora seja necessário expandir a agricultura para suprir as demandas alimentares, é preciso considerar os impactos ambientais, como o desmatamento. “Nesse contexto, a busca por alternativas sustentáveis de produção de proteínas se intensifica, especialmente com o avanço da escassez e do desperdício de alimentos em diferentes partes do mundo”, pontuou.
Bruna destacou, também, a sobrepesca como um dos principais problemas ambientais relacionados à alimentação. “A maioria dos peixes na natureza está suscetível à sobrepesca, mesmo além da pesca tolerável. Isso é um problema e parte desse pescado ainda é utilizado na produção de petfood. O uso consciente desse recurso é essencial”, afirmou. Ela exemplifica com o lançamento da Hill’s, que traz a proteína do peixe Pollock do Alasca, proveniente de fontes que não estão envolvidas na sobrepesca, representando um passo importante em direção ao uso mais responsável dos recursos marinhos.

Continuando as apresentações, Bruna mencionou que entre as alternativas que ganham força globalmente, estão os insetos, uma fonte natural de alimento tanto para animais quanto para humanos. “A busca por proteínas alternativas é crescente e global. Os insetos, particularmente as larvas da mosca soldado negro (Black Soldier Fly), são muito utilizadas na produção de petfood. Combinando natureza com alta tecnologia, podemos produzir proteínas e lipídios de forma eficiente e sustentável”, discorreu.
Um dos pontos que tornam os insetos ainda mais promissores, segundo a profissional, é sua capacidade de transformar resíduos em nutrientes. “Há uma razão pela qual os insetos se tornam uma alternativa interessante: eles podem consumir resíduos e naturalmente ajudar a resolver nosso problema de desperdício de alimentos”, observou. Ela também destacou que algumas espécies de insetos são mais exigentes quanto ao tipo de alimento, mas a mosca soldado negro se destaca por sua capacidade de crescer em uma ampla gama de substratos, inclusive de baixo valor nutricional, gerando proteínas e gorduras de forma mais sustentável.
Pontos fortes da proteína de insetos
Outro convidado da empresa foi o médico-veterinário Thiago Vendramini, que abordou um pouco mais sobre os benefícios da proteína de insetos para os pets. Ele destacou que os tutores de hoje são exigentes: procuram produtos de alta qualidade, saudáveis, sustentáveis e com apelo emocional. “Eles veem os pets como membros da família. Isso muda tudo”, comentou.
Segundo Vendramini, os tutores atuais também valorizam empresas que adotam práticas conscientes. “Mais da metade busca reduzir o uso de plástico e prioriza embalagens sustentáveis. É esse público que precisamos entender. Nesse contexto, a farinha de insetos, especialmente a obtida da BSF, surge como uma alternativa promissora”, avaliou.
O profissional repassou aos veterinários presentes que a BSF tem se destacado como ingrediente pela sua eficiência nutricional e impacto ambiental positivo. Vendramini ressaltou que os insetos aproveitam até 80% da biomassa consumida, contra 40% a 60% de outras fontes de proteína animal. “Eles consomem menos energia para se desenvolver, porque são pecilotérmicos, ou seja, não gastam energia para manter a temperatura corporal. Isso torna a produção mais eficiente e sustentável”, elucidou. Além disso, a produção de insetos por hectare é 50% mais eficiente do que a de grãos tradicionais usados em rações.

Em uma pesquisa recente apresentada pelo profissional, com dietas formuladas com inclusão total ou parcial de BSF, não houve rejeição significativa e os animais mantiveram boa pontuação fecal e parâmetros digestivos. “É um início promissor”, afirmou.
Além disso, o tópico hipersensibilidade alimentar também foi fomentado. Por ser uma fonte proteica ainda pouco explorada na dieta dos pets, pode ser considerada uma alternativa menos alergênica. “Claro que é preciso cuidado: dizer que uma dieta é hipoalergênica exige mais do que trocar a proteína. Mas a BSF tem potencial nesse cenário”, reforçou.
Além dos conteúdos informativos do dia, que também contou com uma mesa redonda para responder às dúvidas dos convidados, a Hill’s proporcionou uma experiência diferenciada: um coffee com petiscos contendo insetos para os presentes se deliciarem – ou estranharem. A ideia foi imergir no contexto do lançamento da empresa para cães.
FAQ
Qual a principal inovação do novo alimento da Hill’s Science Diet Specialty Sensitive Stomach & Skin?
O uso da proteína de inseto da espécie Hermetia illucens (mosca soldado negra), combinada ao Pollock do Alasca, como fontes sustentáveis e com baixa alergenicidade para cães com pele e digestão sensíveis.
Quais os principais benefícios nutricionais da proteína de insetos?
Alta digestibilidade, perfil rico em aminoácidos essenciais, presença de ácido láurico com benefícios neurológicos e excelente aproveitamento da biomassa, além de menor impacto ambiental comparado a outras fontes proteicas.
Por que essa novidade representa um avanço sustentável na nutrição pet?
Porque alia ingredientes com menor impacto ambiental, como insetos que transformam resíduos em nutrientes e peixes de pesca certificada, ao desenvolvimento de dietas de alta qualidade, seguras e nutritivas para os pets.
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