Cláudia Guimarães, com colaboração de Catarina Mosquete, da redação
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Os organizadores definem, em uma palavra, o III Congresso Brasileiro de Cardiologia Veterinária (CBCVet): sucesso. Você, leitor, pode concordar ou não com a Sociedade Brasileira de Cardiologia Veterinária (SBCV), após ler o balanço do encontro, que foi realizado entre os dias 07 e 09 de novembro, em Campos do Jordão (SP), mas que apostamos que seu feedback também será positivo.
Com um total de 514 inscritos, o evento, que reuniu médicos-veterinários de diversas regiões do País e até congressistas estrangeiros, contou com palestrantes nacionais e internacionais e a organização destaca seu crescimento desde a primeira edição. A presidente do CBCVet e vice-presidente da SBCV, Patrícia Chamas, acredita que o motivo do progresso seja a ascensão da Cardiologia Veterinária. “Temos atendido muitos casos de cardiopatas e a especialidade está presente em nosso dia a dia. Nossos pacientes estão envelhecendo, há maior expectativa de vida aos pets, eles estão vivendo muito mais e, com isso, vêm as doenças da velhice, entre elas, as cardiopatias adquiridas, além das congênitas”, destaca.
O congresso foi criado em 2012, levando em consideração a necessidade de um evento que conseguisse abranger diversos temas da especialidade, como lembra Patrícia. “Geralmente, nós realizamos cursos menores, que abrangem menos temas. Sentimos necessidade de um evento que contasse com mais dias e mais assuntos a serem discutidos. O CBCVet engloba vários tópicos, comenta as doenças congênitas e as adquiridas”, descreve.
A escolha dos palestrantes, segundo a presidente, foi cuidadosa, para que se apresentassem pessoas que tivessem pesquisas ou estudos dentro da área. A presidente da SBCV, Lílian Caram Petrus, foi responsável por apresentar uma palestra e explicou que, no cão, a doença mixomatosa mitral é o alvo das dores de cabeça. “Apesar de ser uma enfermidade que, a cada ano que passa, nós entendemos mais, ela ainda é a principal causa de insuficiência cardíaca nessa espécie, então acredito que, durante muitos congressos, será, realmente, um dos pontos principais”, assegura.
E o problema não para por aí: nos gatos, a cardiomiopatia hipertrófica é algo preocupante, segundo Lílian, mas que os cardiólogos estão começando a conhecer um pouco melhor somente agora. “O felino é um enigma, tanto no que diz respeito ao diagnóstico, quanto ao tratamento. Começamos a entender um pouco melhor como essa espécie funciona, como as cardiomiopatias atuam e, até mesmo, algumas possibilidades a mais de tratamento”, revela.
Para finalizar, quando questionada sobre as expectativas da especialidade, Patrícia Chamas acredita que continuará expandindo, com novas técnicas de diagnósticos e novidades em tratamentos. “Esperamos que, no futuro, hajam outras técnicas e fórmulas que tragam um impacto positivo, além de estudos genéticos, como ocorre lá fora. É um futuro que esperamos que venha para o Brasil, um futuro promissor”, idealiza.
Confira o balanço do evento, por Patrícia Chamas: