Inúmeros são os vírus e suas mutações com os quais convivemos – nós, nossos pets e pacientes. A recente pandemia nos mostrou, da forma mais clara possível, quão vulnerável estamos e devemos ter em mente que essa é a realidade em relação a qualquer agente infeccioso. Mas foquemos, agora, em um vírus do gênero Lyssavirus, que é transmitido da saliva de um animal infectado para outro animal e humanos, por meio de mordedura, lambedura ou arranhadura.
Assim se dá a transmissão da raiva, doença que merece bastante atenção e seriedade para a proteção de todos – animais e humanos – e que é bastante debatida durante esse mês, por conta do Dia Mundial Contra a Raiva, lembrado em 28 de setembro.
A médica-veterinária e professora de Medicina Veterinária, da Faculdade da Serra Gaúcha (FSG), Juliana Andrade, comenta que esta é uma doença infecciosa viral aguda, cuja principal característica é a encefalite progressiva rápida e, quase sempre, fatal. “Por isso é uma enfermidade muito preocupante e extremamente grave. Sua suspeita é de notificação obrigatória aos órgãos de saúde pública”, explica.
Conforme elucidado por Juliana, a raiva estava, até então, controlada no Brasil e, focando especificamente dos locais que apresentaram casos nestes últimos meses, em Minas Gerais há 10 anos não havia notificação de casos de raiva humana e em Brasília há exatos 44 anos. “Necessitamos reforçar as campanhas de vacinação dos animais de companhia contra a raiva e precisamos controlar os locais que têm a presença de morcegos. O desmatamento também colabora para a perda de habitat destes animais, onde, muitas vezes, procuram abrigos remotos, cada vez mais próximos de cidades, animais domésticos e pessoas, facilitando nosso contato com eles”, alerta.
Juliana menciona que, no Brasil, entre 2010 e 2020, foram registrados 38 casos de raiva humana, sendo que, em 2014, não houve caso. “Desses casos, nove tiveram o cão como animal agressor, vinte por morcegos, quatro por primatas não humanos, quatro por felinos e em um deles não foi possível identificar o animal agressor”, revela.
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(Foto: C&G VF)
Fonte: Redação Cães&Gatos VET FOOD.
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