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Clínica e Nutrição

Médica-veterinária fala sobre como o tutor deve escolher o melhor alimento para o pet

Por Equipe Cães&Gatos
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Por Equipe Cães&Gatos

As prateleiras dos pet shops comprovam: a variedade de alimentos para cães e gatos disponíveis no mercado é enorme! Existem opções para diferentes idades e portes de animais, raças específicas, condições fisiológicas e clínicas, versões naturais, preparadas com ingredientes frescos e livres de transgênicos, com antioxidantes naturais, entre muitas outras características. Com tantas opções, é natural que os tutores tenham muitas dúvidas sobre qual é a ideal para seu pet. 

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“O cuidado com a nutrição dos pets pode evitar doenças e garantir uma vida longa e saudável […]” (Foto: Reprodução)

Oferecer um alimento ao animalzinho vai além de saciar sua fome e garantir a sobrevivência. Geralmente, os animais de companhia têm uma única fonte de alimento, que será responsável também por assegurar sua saúde e qualidade de vida. “O cuidado com a nutrição dos pets pode evitar doenças e garantir uma vida longa e saudável, por isso, os tutores devem buscar opções que forneçam todos os nutrientes que eles precisam”, destaca a médica-veterinária da Adimax e doutora em nutrição de cães e gatos, Mariana Fragoso. 

Mariana explica que as necessidades específicas dos animais dependem de fatores como espécie, porte, idade, condição física, entre outros, que devem ser levados em consideração pelo tutor: “Um animal filhote tem maior demanda energética, ou seja, precisa de mais energia para gastar ao longo do dia, e também precisa de maior quantidade de nutrientes no alimento quando comparado a um adulto. Assim como um animal idoso, castrado, uma fêmea gestante ou lactante também possui diferentes particularidades nutricionais. Por isso, existem alimentos desenvolvidos especialmente para cada fase da vida. O diferencial entre eles está exatamente na composição, pois o equilíbrio nutricional é feito conforme a necessidade de cada momento”. 

Para auxiliar os tutores, Mariana Fragoso relaciona seis aspectos que devem ser levados em consideração na hora de escolher o alimento mais recomendado para o pet: 

Espécie: 

Os gatos possuem necessidades nutricionais diferentes dos cães. Eles necessitam, por exemplo, de uma quantidade maior de proteína. Desta forma, cada espécie deve receber o alimento específico. 

Idade: 

Um filhote precisa de mais energia para gastar e de maior quantidade de nutrientes no alimento do que um animal adulto, uma vez que está em desenvolvimento e em plena atividade, e o alimento próprio para esta fase da vida fornecerá os nutrientes essenciais para que ele se desenvolva de maneira saudável. Da mesma forma, um animal sênior tem o nível de atividade menor e fornecer excesso de energia a ele pode resultar no ganho de peso. 

Condição fisiológica: 

Animais castrados, com tendência ao ganho de peso e fêmeas gestantes ou lactantes possuem necessidades nutricionais diferentes do que um animal adulto. A castração, por exemplo, promove mudanças fisiológicas e comportamentais que favorecem o ganho excessivo de peso, o que pode ser facilmente evitado com o alimento e manejo nutricional adequado.  

No caso de gestantes ou lactantes, as cadelas e gatas devem receber nutrição especial desde a gestação até o fim do período de amamentação, pois a lactação é considerada o maior desafio fisiológico que qualquer mamífero pode ter ao longo de sua vida, devido ao aumento de demanda energética e de nutrientes. Por isso, é fundamental que elas recebam um alimento que atenda suas necessidades e, consequentemente, beneficie os filhotes. Nesta fase da vida, a nutrição deve fornecer maior valor energético e níveis de proteína e gordura mais elevados. Os alimentos específicos para filhotes, por conta das necessidades desta fase de vida, são mais concentrados em nutrientes essenciais e fornecem mais energia do que as fórmulas para adultos, por isso, são ótimas opções para ajudar as futuras mamães a se manterem fortes e fornecem todos os nutrientes para seus filhotes. 

Já os animais com tendência ao ganho de peso necessitam de um alimento que forneça menos energia e promova mais saciedade, com equilíbrio entre gorduras e fibras para atender a esta necessidade. 

Estilo de vida: 

Cães e gatos sedentários podem apresentar necessidades energéticas diferentes dos animais ativos. Isso envolve, inclusive, o ambiente no qual o animal vive, que pode ou não demandar certa atividade na sua rotina (apartamento, casa com quintal, chácara). 

Porte:

Para os cães, o alimento específico conforme o porte se diferencia pelo tamanho da partícula, o que facilita a apreensão e mastigação. 

O animal possui alguma enfermidade? 

As doenças crônicas causam distúrbios fisiológicos ou metabólicos, que levam a exigências nutricionais específicas. Portanto, cães e gatos com alguma doença devem consumir, preferencialmente, o alimento recomendado pelo médico-veterinário para aquela condição. Entre as opções, temos alimentos que apresentam alguma condição clínica específica, como hipersensibilidade alimentar, obesos, com osteoartrite, em processo de recuperação de condições críticas (como traumas, pós-cirúrgico, caquexia, anorexia, hiporexia e convalescença), doença renal crônica, entre outras.  

O equilíbrio nutricional destes alimentos, chamados de coadjuvantes, é feito conforme a necessidade de cada enfermidade, para que eles auxiliem no controle da doença, melhorando a qualidade de vida e proporcionando maior longevidade aos cães e gatos. Seu uso deve ser feito sempre mediante prescrição de um médico-veterinário, que irá orientar o tutor, inclusive, quanto à porção a ser ofertada ao animal. 

Fonte: AI, adaptado pela equipe Cães&Gatos VET FOOD.

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