Os veterinários podem afirmar: doenças extra-renais fazem parte da rotina clínica, principalmente as causadoras de proteinúria. O termo proteinúria se refere a uma quantidade anormal de proteína na urina detectada por testes semiquantitativos (fita reagente), quantitativos (razão proteína creatinina urinária), e qualitativos (eletroforese).

Reportagem está disponível na edição nº 225,em revistacaesegatos.com.br (Foto: C&G VF)
Segundo a professora adjunta III da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR, Curitiba/PR), Carolina Zaghi Cavalcante, uma vez que esta alteração é identificada faz-se necessário verificar sua origem, persistência e magnitude. Quanto a origem, a proteinúria pode ser classificada em pré-renal (hiperproteinemia), renal (glomerulopatias, intersticiais ou tubulopatias) ou pós-renal (infecção de trato urinário, ou qualquer infecção genital). “A proteinúria renal patológica causa uma perda proteica pela urina persistente identificada a partir de duas a três coletas de urina com intervalo de 15 dias”, explica.
Para determinar a necessidade de se dar atenção, é preciso, segundo Carolina, realizar exames complementares como bioquímica sérica (creatinina, ureia, albumina, colesterol, triglicerídeos, FA, ALT e dimetilarginina simétrica (SDMA), exame de urina, ultrassom abdominal, mensuração de pressão arterial e medidas hormonais.
A professora ensina, ao falar em terapêutica, que é necessário realizar o tratamento da doença primária. “Exemplos: hiperadrenocorticismo deve ser tratado clinicamente (trilostano) ou cirurgicamente (adrenalectomia); obesidade (inserir programa de perda de peso), no entanto, algumas doenças extra-renais causam danos marcante e permanente glomerular e tubular perpetuando a proteinúria, mesmo após o controle ou tratamento da doença primária”. Sobre o prognóstico, ela explica que dependerá da causa primária.
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Fonte: Redação Cães&Gatos VET FOOD.