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Clínica e Nutrição

Médico-veterinário alerta para a importância da higiene em hospitais e clínicas veterinárias

Por esses serem ambientes com frequente passagem e permanência de animais, é fundamental que sejam realizadas boas práticas de higiene para impedir a proliferação de doenças
Por Danielle Assis
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Por Danielle Assis

As clínicas e hospitais veterinários são ambientes que recebem, diariamente, animais para consultas, cirurgias e internações. Por mais que alguns pets estejam sadios e apenas sejam levados para check-ups e vacinas, outros podem apresentar doenças, inclusive contagiosas. 

A mesa de atendimento e a balança devem ser limpos logo depois do uso e utilizando os produtos específicos para higienização hospitalar (Foto: reprodução)

Devido a isso, manter os cuidados de higiene em todos os espaços é de extrema importância. O médico-veterinário do Hospital Veterinário Taquaral, Newton Scarpa Oliveira Junior, explica que clínicas e hospitais mal higienizados podem expor os animais ao risco de adquirir doenças infectocontagiosas e infecções bacterianas e fúngicas. 

Inclusive, não são poucas as enfermidades passíveis de transmissão pelo ambiente. “Para cães podemos citar como principais cinomose, parvovirose, giardíase, gripe canina, leptospirose, hepatite infecciosa e parainfluenza. Já para gatos as doenças de maior risco são leucemia felina (FeLV), vírus da imunodeficiência felina (FIV), peritonite infecciosa felina (PIF), rinotraqueíte viral felina, calicivirose, toxoplasmose e esporotricose”, cita o profissional.

No entanto, existem algumas regras para que os locais de atendimento veterinário sejam higienizados da forma correta. De acordo com o doutor, as práticas de higiene devem ser realizadas seguindo as normas da Vigilância Sanitária e com procedimentos adequados. “Um exemplo é que durante a limpeza são utilizados produtos destinados exclusivamente para higienização hospitalar, que têm como função eliminar bactérias, vírus e fungos”, relata.

Dentre esses produtos ele cita hipoclorito de sódio, peróxido de hidrogênio, glutaraldeído e quaternários de amônia. Conforme esclarece, a escolha por cada um é realizada com base em uma determinação da própria Vigilância Sanitária. 

Sempre que houver suspeita de cinomose é indicada a higienização imediata de todo ambiente no qual o animal teve contato (Foto: reprodução/IA)

É preciso limpar o que é visto e o que não é 

Fungos, bactérias e vírus não são vistos a olho nu, mas podem ser eliminados através de limpeza adequada. O mesmo vale para pulgas e carrapatos, que são visíveis e também representam riscos. 

“Para prevenir a proliferação de pulgas e carrapatos são utilizados produtos específicos para esses ectoparasitas. A limpeza deve ser realizada, principalmente, em locais de difícil acesso e dentro de móveis”, comenta Junior. 

Além disso, existem áreas que requerem limpeza após a passagem de cada animal. O médico-veterinário alerta que a mesa de atendimento e a balança devem ser limpos logo depois do uso e utilizando os produtos específicos para higienização hospitalar. 

Com a relação à suspeita ou confirmação de doenças de maior gravidade, como é o caso da cinomose, o cuidado deve ser ainda maior. “Sempre que houver suspeita de cinomose é indicada a higienização imediata de todo ambiente no qual o animal teve contato. Também se recomenda o uso de avental descartável durante o atendimento para evitar que o animal tenha contato com o uniforme do profissional”, afirma.  

O centro cirúrgico também precisa de atenção 

Além da área de recepção, passagem e consultórios, os centros cirúrgicos e materiais utilizados durante as cirurgias requerem uma atenção especial. 

Os centros cirúrgicos e materiais utilizados durante as cirurgias também requerem uma atenção especial (Foto: reprodução)

“A higienização do centro cirúrgico deve ser feita de maneira rigorosa antes dos procedimentos para evitar qualquer tipo de contaminação. O protocolo de higiene segue as mesmas normas de internação, salas de atendimento e outros espaços”, explica o doutor.

Já o material cirúrgico precisa ser esterilizado. Segundo Newton, a limpeza desses materiais começa logo após as cirurgias quando passam pelo processo de lavagem. “A lavagem pode ser realizada em uma lavadora ultrassônica, que é destinada especificamente para limpeza de material cirúrgico. Nessa máquina são utilizados produtos, que exterminam qualquer bactéria, fungo ou vírus”, relata.

Para finalizar, o médico-veterinário comenta que os tutores devem prestar na limpeza das clínicas e hospitais assim que chegam ao local. “Vale a pena analisar a higienização de todos os ambientes no qual os pets podem ter acesso, desde a recepção até os banheiros e salas de atendimento. Também deve-se analisar a organização com relação ao fluxo e passagem de animais e se existe uma área separada para cães ou gatos com suspeita doenças infecciosas”, cita.

FAQ

Como saber se um hospital ou clínica veterinária está bem higienizado? 

A melhor maneira de saber se um hospital ou clínica veterinária está limpo é prestando atenção em como se encontram os corredores, balanças, mesas de atendimento, consultório e internação. Pode-se observar também se há dejetos de animais, como fezes e urina, e excesso de sujeira no chão, por exemplo. 

Qual o risco de um animal frequentar uma clínica sem limpeza adequada? 

Quando não existem práticas de higiene adequadas os animais correm o risco de contrair doenças infectocontagiosas que são transmitidas pelo ambiente. 

Como deve ser a limpeza do estabelecimento veterinário?

A limpeza dos estabelecimentos veterinários deve ser feita seguindo as normas e protocolos da Vigilância Sanitária. Também é importante o uso de produtos para higiene hospitalar, responsáveis por eliminar vírus, fungos e bactérias.  

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