Pelo amor à profissão, homens e mulheres se adaptam para continuar atuando
Como um dia disse o filósofo chinês Confúcio, “escolha um trabalho que você ame e não terás que trabalhar um único dia em sua vida”. Assim podemos entender as motivações dos médicos-veterinários que já se encontram na terceira idade e continuam atuando na área.
De acordo com a profissional mais antiga do Estado de São Paulo em atividade, a veterinária Augusta Munhoz Kerbauy, “todo bom jogador de futebol termina a carreira quando não se sente capaz de marcar gols. Isso é individual. No meu caso, o placar ainda tem sido muito positivo”. Ainda segundo ela, que atua há 58 anos na clínica de animais, mesmo com os seus 82 anos, ainda não chegou a hora de se aposentar.
“Me sinto muito bem dentro da profissão e contribuindo para cuidar das vidas animais. Não me vejo fazendo outra coisa ou parada. Portanto, enquanto tiver saúde, estarei na ativa!”, afirmou.
Assim como ela, outros profissionais da área, mesmo com a opção de aposentadoria, decidem continuar trabalhando por amor à carreira. O médico-veterinário, dermatologista, professor titular, do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, da Universidade de São Paulo (FMVZ/USP), Carlos Eduardo Larsson, atua há 48 anos – hoje, parcialmente, em ensino, pesquisa, orientação e extensão de serviços à comunidade (serviço nosocomial).
“Aos 45 anos de vínculo à academia (UNESP e USP), eis que decidi, após muita reflexão, pedir minha aposentadoria, não pelo “cansaço” no atendimento clínico, docência ou orientação, ’paixões’ essas entranhadas, mas por considerar que a missão, abraçada em 1972, sempre em regime de integral dedicação à(s) universidade(s), estava cumprida. As atividades administrativas, que, por vezes, levaram-me a afastar-me das minhas ’paixões’, passaram a mostrar-se enfadonhas. Acreditava que com a aposentadoria, embora ainda com vínculo à USP, poderia dedicar-me, ainda mais, ao associativismo (Sociedade Brasileira de Dermatologia Veterinária), à profissão e à escrita de capítulos e à edição de livros”, contou.
Atualmente, Larsson, mesmo aposentado, continua exercendo a profissão. “Ouvi uma vez que ’escrever é a maneira de falar sem ser interrompido’, pois ‘calar um velho é coisa difícil, mas calar um velho autor, essa, sim, é coisa impossível’ (Alfieri, 1794-1803)”, destacou, ao explicar sua dedicação a escrita voltada à Medicina Veterinária.
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Fonte: Redação Cães&Gatos VET FOOD.