Cães com excesso de medo podem não ter uma vida longa e feliz
Orelhas para trás, desvio de olhar, tencionar frequentemente o corpo e mostrar os dentes, mesmo que não seja uma regra, são alguns dos sinais de que o animal está com medo. E se esse sentimento não for tratado, pode fazer com que ele fique doente com mais frequência e não tenha uma vida tão feliz quanto deseja.
De acordo com a bióloga, com mestrado em psicologia, foco no comportamento animal e pós-graduada em jornalismo, Luiza Cervenka de Assis, o cão pode estar frequentemente exposto ao medo e isso, muitas vezes, acontece por descuido, o que prejudica a qualidade de vida. “Um erro muito comum dos tutores de cães é a tendência em idealizar os sentimentos humanos na leitura comportamental do animal, colocando o pet em situações de extremo desconforto”, confirma.
É comum acreditar que a melhor solução para um cão com medo do contato com outros de sua espécie, por exemplo, é a permanência em um espaço cheio deles, sem possibilidade de se afastar ou se esconder, acreditando que assim solucionará o problema, mas, na verdade, o tutor estará criando uma hiper-exposição ao estímulo causador do medo. No entanto, com o devido acompanhamento, qualquer cão é passível de mudanças, tudo depende do conhecimento do profissional que fará o atendimento, as técnicas utilizadas, a frequência dos treinamentos e o engajamento do tutor, seja por observar e entender os sintomas ou pela busca de auxílio especializado.
Para os métodos de acompanhamento, é comum que os treinadores utilizem o contra-condicionamento e a dessensibilização, que visam diminuir o comportamento de medo ou incômodo, para que o animal lide melhor com o mundo em sua volta e fique cada vez mais seguro e confiante. E claro, com todo o apoio e carinho do tutor.
Fonte: Estadão, adaptado pela equipe Cães&Gatos VET FOOD.