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Inovação e Mercado

Mês do veterinário: como está a realidade da Medicina Veterinária brasileira?

Profissionais que estão à frente Anclivepa dos seus respectivos Estados comentam os avanços e desafios da profissão
Por Equipe Cães&Gatos
medicina veterinária
Por Equipe Cães&Gatos

A Medicina Veterinária tem enfrentado um cenário cada vez mais complexo e desafiador. Globalmente falando, há muitas questões que envolvem a Medicina Veterinária por estarem ligadas à Saúde Única, tais como a saúde animal em si, o bem-estar, a segurança alimentar e a conservação da biodiversidade. 

Há, ainda, o surgimento de novas doenças e a disseminação de patógenos resistentes a medicamentos. Não se deve deixar de colocar nesta lista a crescente conscientização dos tutores no que diz respeito ao bem-estar animal.

O cenário global é desafiador, mas há avanços e, neste mês dedicado ao médico-veterinário, queremos trazer um olhar mais local sobre a Medicina Veterinária, seus progressos e desafios. 

Conversamos com alguns médicos-veterinários que estão à frente da Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais (Anclivepa) dos seus respectivos Estados e que contaram um pouco sobre como veem a Medicina Veterinária de uma forma mais local. 

Pará 

No Brasil, segundo o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), há 259,3 mil médicos-veterinários inscritos (Foto: reprodução)

Para a presidente da Anclivepa-PA e  sócia-proprietária da clínica Veterinária São Lázaro (Belém/PA), Dora Paiva Ribeiro, hoje, na região em que atua, no que diz respeito à parte de clínica de pequenos animais, tem-se observado um crescente número de pet-shops, que realizam consultas e procedimentos ambulatoriais, bem como um aumento discreto no número de clínicas veterinárias. “As principais demandas são aquelas relacionadas ao atendimento clínico especializado e que, a depender da especialidade, pode haver ou não profissional veterinário da área, bem como pequena quantidade de hospital/clínica 24 horas na cidade, situação que se agrava quando se refere ao tratamento de pets em municípios pequenos e distantes da Região Metropolitana de Belém (RMB)”, diz.

Rio de Janeiro 

E como está a situação da Medicina Veterinária na região em que o professor Associado da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF) Darcy Ribeiro e presidente da Anclivepa Brasil, André Lacerda de Abreu Oliveira, atua? Segundo ele, na região do norte fluminense, a Medicina Veterinária passa por um processo de crescimento, assim como o desenvolvimento regional. “O papel da Universidade nessa região serviu como um catalisador para o seu desenvolvimento. O papel de inovação e de uma Medicina Veterinária mais qualificada, fizeram da UENF um polo regional importante, que alavanca as pesquisas nessa área e o seu desenvolvimento”. Segundo ele, a Universidade alavancou diversas áreas de desenvolvimento e pesquisa. “Temos trabalhado, atualmente, com o desenvolvimento da pele artificial, para o tratamento de feridas de difícil resolução”. 

Ceará 

Para conhecer um pouco mais sobre a realidade da Medicina Veterinária cearense, convidamos a presidente da Anclivepa-CE, Maria Alice Gonçalves. Segundo ela, a Medicina Veterinária local teve uma evolução no que se refere ao número de faculdades que foram criadas nos últimos anos. “Estamos, hoje, com 18 faculdades que ficam localizadas na capital e interior do Ceará. As nossas demandas são para que o ensino de graduação e pós-graduação da Veterinária seja de qualidade, pois os desafios são muitos, o que nos preocupa é o crescente número de faculdades, comprometendo o ensino e o mercado sendo encharcado de profissionais. O que também nos preocupa é em relação ao EAD, sabendo que jamais um curso da área de saúde de Veterinária não consegue ter um curso de eficácia com aulas a distância”.

Maria Alice vê bons progressos na Medicina Veterinária: “Os avanços são nas áreas de pesquisa e ensino, dando uma qualidade e suprindo os conhecimentos na formação acadêmica. Tecnologias de informação, marketing, aparelhos para diagnósticos, tem tido um avanço”.

Rio Grande do Sul 

Desafiadora! É assim que a médica-veterinária especializada em toxicologia  Dermatologia Veterinária, sócia-proprietária da DogDoc Veterinária e presidente da Anclivepa-RS, Silvia Otilia Gundlach Schmitz,  define a situação atual da Medicina Veterinária no Rio Grande do Sul. “Existem muitos estabelecimentos no mercado, excesso de cursos, faculdades, escolas e nem sempre  a qualificação necessária para um bom desempenho das atividades profissionais”, afirma. 

Além dos desafios, há avanços que merecem ser apontados. “Temos especialistas em diversas áreas de atuação, sendo possível encaminhamento de pacientes para um atendimento de excelência em  casos de maior complexidade”. 

Sobre as tecnologias e tratamentos inovadores que ganham destaque, Silvia lista os exames de imagem, como tomografia, endoscopia, otovideoscopia, endoscopia, ecocardiografia, Medicina Veterinária Integrativa, utilização de ozonioterapia, acupuntura, uso de canabidiol, banco de sangue, dentre outros. 

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Fonte: Redação Cães e Gatos VET FOOD.

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