A anestesia veterinária tem evoluído significativamente ao longo dos anos, oferecendo cada vez mais segurança e conforto para os pets durante cirurgias. Até mesmo a anestesia guiada por ultrassom, que é uma possibilidade assertiva e, relativamente, nova até para os humanos, já está disponível para os procedimentos nos animais.
O médico-veterinário especializado em anestesiologia veterinária do Hospital Veterinário Taquaral (HVT), em Campinas (SP), Gabriel Aquino, explica que existem diferentes tipos de anestesia veterinária, sendo a inalatória e a injetável as mais comuns. “Muitos tutores perguntam se a anestesia será inalatória porque há um mito de que esse modelo é mais seguro. Quem vai determinar qual a melhor forma é o próprio pet, pois depende do seu estado geral”, explica Aquino. O tipo de anestesia utilizada é avaliado individualmente para cada animal, levando em consideração sua saúde geral, idade, peso e tipo de cirurgia a ser realizada.
Informação essencial
Um aspecto fundamental da anestesia veterinária é a presença do anestesista durante todo o procedimento cirúrgico. “A principal pergunta que o tutor tem que fazer quando uma cirurgia é agendada para o seu animal é: haverá um médico anestesista com o meu pet o tempo todo que durar a operação?”, frisa o Aquino. O papel do anestesista vai além de administrar a medicação, envolvendo a monitoração constante dos sinais vitais do animal, ajustes de dosagens e ações imediatas em caso de qualquer intercorrência.
A monitoração durante a anestesia é essencial para garantir a segurança dos pets. “Utilizamos equipamentos de última tecnologia para monitorar continuamente o coração, pressão arterial, oxigenação sanguínea, frequência respiratória, nível de gás anestésico e outros parâmetros vitais dos animais durante toda a cirurgia. O objetivo é garantir que ele esteja estável e confortável durante todo o procedimento”, afirma Aquino. Esses equipamentos avançados permitem identificar rapidamente qualquer alteração no estado de saúde do animal e adotar medidas adequadas para corrigir problemas e minimizar riscos.
O veterinário ainda destaca a importância de uma equipe médica empática com os tutores durante esse processo: “O cirurgião, o anestesista e os enfermeiros precisam ter em mente que enquanto nós fazemos diariamente cirurgias em diversos animais, a visão do tutor é muito diferente, pois pode ser a única cirurgia que o tutor vai acompanhar do seu pet. Por isso, os profissionais devem entender à sua ansiedade”.
Apesar dos avanços e dos cuidados tomados, é importante ressaltar que toda anestesia apresenta riscos, assim como em procedimentos humanos. “É fundamental ter uma equipe experiente, equipamentos de qualidade e um plano de anestesia individualizado para cada animal, visando sempre a sua segurança e bem-estar. Além disso, é essencial ao tutor seguir todas as recomendações pré e pós-operatórias fornecidas pela equipe médica”, enfatiza.
Fonte: AI, adaptado pela equipe Cães&Gatos VET FOOD.
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