País é o primeiro do continente africano a utilizar os animais frente à doença
Lidar com a Covid-19 se tornou ação primordial de todas as esferas da saúde, inclusive no que tange a Medicina Veterinária. Dentre atendimentos, testes e análises, a área também tem treinado cães para diagnosticar o problema.
Neste processo, a Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade da Namíbia, no sudoeste da África, iniciou um projeto que também recorre aos animais, se tornando o primeiro país africano a testar a iniciativa. Espera-se que os primeiros cães já estejam disponíveis em duas ou três semanas.
Efetividade. Segundo um estudo realizado na Alemanha, mas especificamente na Universidade de Medicina Veterinária de Hannover, a espécie pode farejar a saliva de mais de mil pessoas, tanto saudáveis como infectadas. No que tange a Covid-19, os cães conseguiram identificar o vírus com uma taxa de sucesso de 94%.
“Os cães não sentem o cheiro do vírus, mas sentem o cheiro do que o corpo produz em resposta ao vírus. Chamamos de orgânico volátil, diferentes doenças têm diferentes processos e diferentes respostas e os cães são extremamente sensíveis a elas”, explica o médico-veterinário e investigador principal do programa, Conrad Brain.
Na Namíbia, os Pastores alemães e Beagles foram as raças escolhidas para realizar o trabalho, já que são reconhecidos pelas fortes capacidades olfativas. No momento os animais estão sendo treinados na região de Windhoek, capital namibiana, recorrendo a amostras de suor das axilas de pessoas infectadas, que são usadas para treiná-los na identificação de odores de humanos contaminados, uma vez que o suor não transporta o vírus e é mais seguro para os cães e para os especialistas.
Fonte: Veterinária Atual, adaptado pela equipe Cães&Gatos VET FOOD.