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Pets e Curiosidades

Nem tudo o que tem casco duro é tartaruga

Tutores devem conhecer as peculiaridades de tartarugas, cágados e jabutis para oferecer os cuidados certos
Por Equipe Cães&Gatos
tartaruga
Por Equipe Cães&Gatos

Você sabia que tartarugas, cágados e jabutis, apesar de parecerem semelhantes, têm diferenças fascinantes? Esses incríveis répteis possuem características únicas que os tornam especiais à sua própria maneira. Quer descobrir como eles vivem, o que comem e por que é tão importante conhecê-los melhor? Vamos embarcar nessa jornada pelo mundo dos quelônios e aprender as curiosidades que tornam cada um deles tão singular. 

Cágados são animais permitidos como pets, mediante autorização do IBAMA (Foto: Divulgação)

As principais diferenças entre esses animais estão em seus habitats e adaptações. Tartarugas são adaptadas para a vida aquática, com cascos leves e nadadeiras que facilitam o nado. Cágados, por sua vez, habitam ambientes semiaquáticos e têm patas com membranas interdigitais para nadar, mas também caminham bem em terra. Já os jabutis são completamente terrestres, com cascos robustos e patas fortes, perfeitas para terrenos duros. 

Apesar dessas diferenças, tartarugas, jabutis e cágados compartilham várias características comuns. Todos pertencem à ordem Chelonia e possuem um casco rígido que os protege e abriga. Além disso, respiram por pulmões, têm pele escamosa, são ovíparos e ectotérmicos, regulando sua temperatura corporal de acordo com o ambiente externo. Nenhuma dessas espécies possui dentes. Em vez disso, elas têm um bico afiado (bico queratinizado) revestido de queratina, que usam para cortar alimentos. A longevidade é outra característica marcante desses répteis, com algumas espécies vivendo várias décadas. A vida longa é atribuída ao seu metabolismo lento, que exige baixa necessidade energética.

As tartarugas marinhas não são autorizadas a ser animal de estimação (Foto: Divulgação)

Diferenças e semelhanças

As Dras. Morgana Prado e Raíssa Natali, especializadas em pets não convencionais do Hospital Veterinário Taquaral, em Campinas (SP), compartilham experiências e conhecimentos para esclarecer as diferenças e semelhanças entre esses répteis, além de oferecer dicas de cuidado para os tutores.

Segundo Morgana, as tartarugas marinhas podem viver entre 50 e 100 anos, enquanto os cágados, especialmente aqueles mantidos em condições ideais, entre 20 e 40 anos. Os jabutis são conhecidos por sua longevidade impressionante: de 50 a 80 anos. 

A veterinária Raíssa destaca que as diferenças na nomenclatura popular podem levar a alguns mal-entendidos, como a generalização do termo “tartaruga” para cágados e jabutis. Esse erro pode resultar em cuidados inadequados, já que cada espécie possui necessidades específicas de habitat e alimentação. Por isso, é fundamental conhecer bem as características de cada um desses animais para garantir seu bem-estar.

Quando se trata de alimentação, tartarugas marinhas, por exemplo, podem ser herbívoras ou carnívoras, dependendo da espécie. Cágados e jabutis, por sua vez, têm dietas variadas que incluem vegetais, frutos, insetos e pequenos peixes. Em cativeiro, é essencial oferecer uma dieta equilibrada e adequada para cada espécie.

O jabuti piranga em pesagem durante consulta com veterinário (Foto: Divulgação)

Para quem deseja ter um jabuti ou cágado como animal de estimação, a Dra. Morgana explica que a posse desses animais no Brasil é regulada pelo IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e por órgãos ambientais estaduais. É importante adquirir o animal de criadouros autorizados e seguir todas as regulamentações para garantir a legalidade e o bem-estar dos animais. Entre as documentações constam o Certificado de Origem, a nota fiscal e microchip para controle e registro. Morgana reforça que é proibido ter tartaruga marinha como pet e frisa que existem projetos de conservação e proteção das tartarugas, como por exemplo, o Projeto Tamar.

Sem tédio

Se você possui ou adquiriu um jabuti ou cágado como pet, saiba que o cuidado adequado envolve uma alimentação balanceada e um ambiente que simule seu habitat natural, reservando áreas quentes e frias para que eles busquem esses ambientes conforme a necessidade do momento. Raíssa recomenda oferecer iluminação UVB, pois ajuda na síntese de vitamina D3, fundamental para a absorção de cálcio. Outra orientação é proporcionar oportunidades de enriquecimento ambiental para estimular comportamentos naturais e alterar os itens e as configurações de tempos em tempos para manter o ambiente interessante e evitar o tédio.

Manter visitas regulares ao veterinário e estar atento a sinais de problemas de saúde são essenciais para assegurar a longevidade e a qualidade de vida desses incríveis animais. “Montar um cronograma de check-ups anuais e perceber se há alterações no apetite, se apresentam um comportamento letárgico, problemas respiratórios, nos olhos, diarreia, mudanças na pele ou no casco, por exemplo, são medidas fundamentais para o bem-estar do animal”, destaca Raíssa.

Fonte: Hospital Veterinário Taquaral, adaptado pela Equipe Cães e Gatos.

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