Praia, piscina, férias escolares, viagens e festas de fim de ano. Tudo isso chega junto com o verão, que se iniciou no dia 21 de dezembro. Mas, assim como os humanos, os pets também sofrem com as altas temperaturas, abafamento e exposição ao sol forte.
É natural que, nessas ocasiões, os cães e gatos apresentem menos disposição, muito mais sede, oscilações no apetite e, até mesmo, maior predisposição a alguns problemas de saúde.
Por isso, é importante seguir algumas recomendações que ajudam a promover mais conforto térmico e bem-estar a cães e gatos nessa época do ano. Quem orienta é o médico-veterinário e supervisor de Capacitação Técnico-Científica da PremieRpet, Flavio Silva.
Alimentação. Não se assuste se o animal demonstrar alteração no apetite. Eles podem comer menos em épocas de calor e/ou preferir o alimento no período da noite, quando as temperaturas estão mais agradáveis.
“Se o pet não comer, retire o alimento e ofereça em outro momento. Não deixe a ração exposta o dia todo, pois sob altas temperaturas ocorre deterioração da qualidade. E sempre descarte as sobras, pois podem facilmente estragar após contato com água ou saliva do animal, já que a umidade facilita a fermentação do alimento”, orienta Silva.

Hidratação. “Ofereça água fresca e limpa à vontade e deixe a vasilha na sombra”. Essa é a dica do profissional, que destaca que, caso o tutor note que a água está acabando rápido, deve optar por um bebedouro maior. “Caso persista, procure um médico-veterinário para entender o que pode estar acontecendo”, alerta.
Silva considera importante salientar que o tutor não deve permitir que o animal beba água de piscinas. “Ele pode tentar fazer isso se sentir muito calor, mas não é aconselhável, pois a água tem produtos químicos que podem causar vômitos e até gastrite”, adiciona.
Higiene. Após o banho, não deixe de secar bem, tanto os cães quanto os gatos, especialmente os de pelagem longa e densa, que ficam em ambientes fechados ou na sombra. “O abafamento e a umidade favorecem a proliferação de fungos e bactérias que podem causar problemas de pele”, menciona.
As raças mais peludas, naturalmente, sofrem mais com o calor. Nesses casos, a dica é tosar com mais frequência para ajudar no conforto térmico. “Consulte um profissional de tosa para saber se o cão de pelo longo e/ou denso pode ser tosado. Em alguns casos, é indicado fazer apenas a tosa higiênica”, indica.
Passeio. Evitar atividades físicas e passeios em horários de sol alto e forte é uma das medidas a serem tomadas durante o verão. Isso porque, como lembra Silva, asfaltos e pisos muito quentes podem queimar o coxim plantar (almofadinha da pata) e provocar lesões.
“Animais com a pele clara e pelos brancos também devem utilizar protetor solar durante a exposição ao sol para prevenir o câncer de pele. Assim como os humanos, eles são suscetíveis aos raios UV. Atenção especial às áreas mais expostas: focinho, ponta das orelhas e patas”, reforça.
Silva ainda deixa um recado aos tutores: “Lembre-se: em qualquer estação do ano, nunca abra mão do acompanhamento veterinário regular e de fornecer um alimento de alta qualidade para o seu pet”.
Fonte: AI, adaptado pela equipe Cães&Gatos VET FOOD.
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