Uma pesquisa traçou um perfil detalhado da chamada “Geração P”, fazendo um raio-x da relação dos tutores brasileiros com seus pets. Foram as respostas de 753 pessoas, com ao menos um animal em casa, que mostrou algo que já imaginávamos: é comum gostar mais do pet do que da maioria das pessoas.
O estudo, encomendado pela Petz, revelou dados bastante curiosos, reforçando a tendência de humanização dos pets. Mais da metade dos tutores fazem “vozinha” para falar com os seus pets, cerca de 31% dos pets tem perfil nas redes sociais e 25% já ganharam uma festa de aniversário.
Além disso, demonstram carinho de forma mais intensa: 75% declaram que conversam com seus pets, além de se expressarem com abraços, beijos, e até homenagem ao pet, como tatuagem, por exemplo.
A pesquisa foi encomendada pela Petz para traduzir em números aquilo que já vinha sendo percebido no dia-dia das famílias brasileiras. A relação das pessoas com seus pets está em transformação, tornando-se mais íntima, mais profunda e adquirindo um grau de complexidade inédito.
“Essa é de fato uma nova geração de tutores, que estamos chamando de ‘Geração P’”, diz o fundador e CEO da Petz, Sergio Zimerman, complementando: “O vínculo entre tutor e pet evoluiu muito ao longo dos últimos anos. Hoje os pets fazem parte da vida do brasileiro, estão mudando hábitos e comportamentos de consumo de famílias inteiras e até ajudando na saúde mental das pessoas”.
A maioria das pessoas da “Geração P” tem cachorros ou gatos, vivem em casas nas capitais brasileiras e tem pelo menos um pet adotado. Para esse grupo, é comum gostar mais do pet do que da maioria das pessoas, gastar dinheiro com eles e se considerarem pai ou mãe do pet.
Quando convidados a responder sobre as coisas mais importantes da vida, “meu pet” aparece atrás apenas da família e religiosidade e na frente de amigos, trabalho e lazer. Amor foi a palavra escolhida para resumir a relação entre tutores e pets, seguida por amizade e companheirismo.
A pesquisa também aponta para o crescimento das adoções. Cerca de 47% dos entrevistados afirmam que têm um pet para dar uma “vida melhor para ele”. Além disso, a nova geração de tutores também é mais engajada em iniciativas ligadas à causa do bem-estar animal, e que a doação é o modo mais comum de contribuição. Cerca de 61% têm o hábito de doar alimentos ou insumos e 46% acolhem animais abandonados.
A humanização pet é um fenômeno mundial decorrente de alguns fatores como acesso à internet, vida urbana, necessidade humana de contato, queda no número de filhos e envelhecimento da população. Para 68% dos tutores da Geração P, o pet influencia nas decisões de lazer, como o destino de férias, os passeios de fim de semana, a escolha do hotel e do restaurante.
O estudo também mostra que os pets ajudam no controle do estresse e da solidão, ampliando o papel do pet para além da diversão e alegria. Para 53% das pessoas, a relação com o pet acalma, 48% responderam que traz sensação de paz, e ainda 36% reconhecem que o pet é um apoio no controle de distúrbios como ansiedade e depressão.
Fonte: AI, adaptado pela equipe Cães e Gatos VET FOOD.
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