País manteve trabalho de conservação de espécies em extinção durante quarentena
Conhecida pela preservação do meio ambiente e pela sua fauna abundante, com espécies peculiares de animais, a Nova Zelândia notou um fenômeno muito interessante da natureza durante o recente período lockdown (restrição de circulação). Durante esse tempo, em que a população ficou dentro das suas casas por semanas, curiosos pássaros locais mudaram de comportamento e começaram a aparecer nas cidades e até nas casas das pessoas.
Durante o bloqueio de nível quatro da Nova Zelândia, que incluiu medidas mais restritivas de circulação, um importante trabalho de conservação para proteger espécies nativas do País continuou sendo realizado. Para manter a sobrevivência da espécie tūturuatu, uma das mais ameaçados de extinção, foram autorizados a viajar de avião cinco pássaros jovens, que são parte dos 250 restantes no País, para uma missão considerada essencial pelo Departamento de Conservação. Os pássaros voaram rumo a Wellington para o santuário Zealandia, que tem o objetivo de restaurar ecossistemas e que já reintroduziu 18 espécies de animais selvagens nativos de volta à área.
Foi justamente no refúgio de 225 hectares, novo habitat dos tūturuatu, que se percebeu que a natureza começou a reviver. Os animais, ali, estabeleceram uma nova rotina e ficaram mais atrevidos. Sem ninguém por perto, passaram a percorrer inúmeros caminhos de reserva da vida selvagem e, quando um guarda florestal estava por perto cumprindo seus deveres, os animais, curiosos, se aproximavam e até pousavam no guidão dos seus quadriciclos, situação que nunca aconteceu antes. Esse fenômeno também foi percebido por toda a Nova Zelândia, levando diversão às pessoas ao ver pássaros em seus bairros que antes não eram percebidos.
A guardiã chefe do santuário de pássaros Zealandia, Ellen Irwin, sugere que não necessariamente só os pássaros tenham mudado de comportamento, mas, também, as pessoas. “Com a vida mais silenciosa e lenta, é possível que as pessoas também estejam desacelerando e percebendo mais os pássaros e a natureza. Talvez, eles tenham estado sempre por lá, mas só agora conseguimos vê-los”, comenta Irwin.
A Nova Zelândia abriga 168 espécies de aves, sendo 93 delas nativas. Um quarto dos pássaros por lá não são encontrados em nenhum outro lugar do mundo, reforçando a singularidade da fauna do País. O kiwi é o pássaro mais famoso e também o mais incomum e peculiar. E, para garantir a sobrevivência dele e de todas as espécies raras e únicas, além das aves ameaçadas de extinção, o País conta com o trabalho do Departamento de Conservação da Nova Zelândia (DOC), que é líder mundial em ciência da recuperação de aves.
Fonte: AI, adaptado pela equipe Cães&Gatos VET FOOD.