Mais de 50% dos cães no mundo estão atualmente com sobrepeso ou obesos, um número que tem gerado preocupações crescentes entre os especialistas em saúde animal. Segundo a Royal Canine Society of Spain (RSCE), este é um “número alarmante”, que coloca em risco a saúde e o bem-estar dos animais. A obesidade canina está associada a diversas doenças, como diabetes, osteoartrite e problemas cardiovasculares, afetando diretamente a qualidade de vida dos cães.
José Miguel Doval, presidente da RSCE, alerta sobre a importância da nutrição adequada e do controle de peso, destacando que a obesidade é um “problema crescente” que deve ser abordado com urgência. Ele enfatiza que, além de ser uma questão estética, o sobrepeso pode reduzir significativamente a expectativa de vida do animal e impactar seu bem-estar de forma duradoura. A obesidade canina é um dos problemas de saúde mais comuns e, ao mesmo tempo, um dos mais evitáveis, se os tutores tomarem as medidas corretas.
A obesidade em cães não é apenas uma questão de aparência. O impacto vai além, afetando a saúde do animal a longo prazo. “O impacto da obesidade vai para além da estética, pois pode mesmo reduzir a expectativa de vida e afetar significativamente o bem-estar do animal”, afirmou Doval. O presidente também destacou que fatores como a raça, a idade e o nível de atividade física são determinantes. Cães de meia-idade, por exemplo, têm maior propensão a ganhar peso devido à diminuição do metabolismo, o que exige mais atenção quanto ao controle da alimentação e exercício.

José Miguel Doval também orienta sobre os sinais mais comuns de obesidade nos cães. “Alguns dos sinais mais comuns de obesidade em cães incluem dificuldade em sentir as costelas sem exercer pressão, falta de definição na cintura quando vista de cima, um abdômen arredondado sem elevação em direção às patas traseiras e uma diminuição percetível na energia e resistência durante o exercício”, detalhou. Além disso, ele alerta que, embora algumas raças tenham maior predisposição genética para acumular gordura, todos os cães estão sujeitos ao problema, sendo essencial que os tutores controlem sua alimentação e incentivem a prática regular de atividades físicas.
A RSCE recomenda que os tutores ajustem a alimentação de seus cães de acordo com fatores como idade, tamanho e nível de atividade. O controle rigoroso da quantidade de comida e a redução de guloseimas, que devem representar menos de 10% da ingestão calórica diária, são fundamentais para prevenir a obesidade. Além disso, a prática regular de exercícios físicos, como caminhadas, jogos e atividades adaptadas à raça e idade do cão, é essencial para manter o animal saudável e evitar o ganho excessivo de peso.
Fonte: Veterinária atual, adaptado pela equipe Cães e Gatos.
FAQ
O que está causando o aumento da obesidade entre os cães?
O aumento da obesidade canina pode ser atribuído a vários fatores, incluindo a alimentação inadequada e a falta de exercícios físicos. De acordo com José Miguel Doval, presidente da Royal Canine Society of Spain (RSCE), o problema está se tornando crescente e é principalmente devido aos hábitos alimentares fornecidos pelos tutores e à falta de atividade física regular. Isso é particularmente evidente em cães de meia-idade, que têm maior propensão ao ganho de peso devido à diminuição do metabolismo.
Quais são os sinais mais comuns de obesidade em cães?
Alguns dos sinais de obesidade canina incluem dificuldade em sentir as costelas sem exercer pressão, ausência de definição na cintura quando vista de cima, abdômen arredondado sem elevação em direção às patas traseiras, e uma diminuição perceptível na energia e resistência durante o exercício. Segundo Doval, esses sinais são indicativos de que o animal pode estar com sobrepeso, afetando sua saúde e qualidade de vida.
Como prevenir a obesidade em cães?
A RSCE recomenda controlar a quantidade de comida fornecida ao cão, ajustando as porções conforme idade, tamanho e nível de atividade. Além disso, a prática de atividades físicas regulares, como caminhadas, jogos e exercícios adaptados à raça e idade do cão, é crucial para prevenir o ganho excessivo de peso. A redução de guloseimas também é importante, com elas representando menos de 10% da ingestão calórica diária do animal.
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