Doença é um fator de risco clássico para diabetes mellitus felina
Muitas vezes, médicos-veterinários de pequenos animais pensam em doenças endócrinas por trás da obesidade dos pacientes que atendem no consultório. Contudo, a prevalência dessas enfermidades nas rotinas clínicas fica abaixo dos 10%, visto que a prevalência de sobrepeso e obesidade em cães e gatos têm sido documentadas na casa dos 40 a quase 60% ao redor do mundo.
Além disso, dentre as doenças endócrinas poucas têm o potencial de promover ganho de peso e, quando presentes, dificilmente não vêm acompanhadas de diversos outros sinais clínicos. Em cães, a síndrome de Cushing (hipercortisolismo), hipotireoidismo, insulinoma e, eventualmente, acromegalia, apresentam este potencial. Em felinos, hipercortisolismo, hipotireoidismo e insulinoma são doenças extremamente incomuns, ao passo que a acromegalia felina vem sendo cada vez mais documentada.
Em contrapartida, a obesidade é um fator de risco clássico para diabetes mellitus felina e vem sendo documentada como fator de risco para diabetes mellitus canina também. Além disso, o estado obeso está associado à alteração no padrão de secreção hormonal do tecido adiposo, caracterizando por si um distúrbio endócrino que pode resultar em uma série de malefícios à saúde do paciente.
Uma iniciativa global foi iniciada com objetivos simples relacionados à obesidade: 1) padronização mundial do escore de condição corporal (ECC) em uma escala de 9 pontos; 2) uniformizar definição de obesidade como peso corporal > 30% do ideal (representado por um ECC 8 ou superior numa escala de 1/9; 3) definição da obesidade como uma doença.
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Fonte: Redação Cães&Gatos VET FOOD.