Óleos funcionais como aditivos para cães
A crescente conscientização sobre a saúde dos cães tem levado os tutores a buscar alimentos mais saudáveis e sustentáveis. Isso inclui ingredientes que ofereçam benefícios além do valor nutricional, como os óleos funcionais (Murakami; Eyng; Torrent, 2014), que atuam tanto como aditivos tecnológicos, melhorando a qualidade e a segurança do alimento, quanto como aditivos zootécnicos, contribuindo para a saúde do animal.
A ação farmacológica dos óleos funcionais está associada à presença de metabólitos secundários, classificados em três grandes grupos: terpenos, compostos fenólicos e compostos nitrogenados (Voon; Bhat; Rusul, 2012).
Dentre os efeitos mais estudados, destacam-se as ações antioxidante, anti-inflamatória e moduladora da microbiota intestinal (Karásková; Suchý; Straková, 2016). Essas propriedades tornam esses aditivos promissores na nutrição de animais de companhia, sobretudo considerando a alta prevalência de inflamação, estresse oxidativo e disbiose intestinal — condições frequentemente associadas ao desenvolvimento de doenças crônicas.
Óleos funcionais da biodiversidade brasileira
O Brasil é reconhecido por sua vasta biodiversidade, que oferece grande potencial para a obtenção de compostos bioativos alternativos, muitos ainda pouco explorados e frequentemente subvalorizados na nutrição pet, especialmente aqueles derivados de plantas nativas. Óleos funcionais e extratos vegetais apresentam uma diversidade de compostos com propriedades promissoras para a modulação da inflamação e da funcionalidade intestinal. Entre eles, destacam-se o óleo de copaíba, o líquido extraído da casca da castanha de caju (LCC) e os óleos de pimenteiras nativas. A seguir, serão apresentados os principais compostos bioativos e as propriedades funcionais desses óleos.

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