Ao longo dos anos a relação entre os humanos e seus pets passou por grandes transformações. Enquanto há algumas décadas os tutores buscavam fornecer apenas o básico necessário para a manutenção da saúde dos seus animais, hoje a prioridade é encontrar formas de promover não apenas saúde, mas qualidade de vida, longevidade e bem-estar.
Como consequência, houve um crescimento exponencial de toda indústria de animais de companhia com um foco ainda maior no segmento pet food, que segundo a ABINPET corresponde a 80% de toda indústria pet e cresceu cerca de 18% entre 2021 e 2022.
Aliado a esse crescimento, houve também um aumento da busca por alimentos funcionais e nutracêuticos. Por definição, nutracêutico é um produto com um ou mais ingredientes biologicamente ativos que são isolados ou purificados de alimentos, visando promover saúde e bem-estar, podendo inclusive ser utilizado como coadjuvante ao tratamento de doenças.
O médico-veterinário é a maior e mais direta fonte de informações para os tutores, portanto, é de extrema importância que tenha um melhor entendimento sobre a relação entre nutrição e saúde, além de possibilidades de uso e as evidências científicas dos nutracêuticos existentes.
Dentre os mais utilizados para cães e gatos encontram-se os ácidos graxos poliinsaturados (AGPIs) da família ômega-3, um importante componente estrutural da membrana celular.
Os AGPIs ômega 3 são divididos em ácido alfa linolênico (ALA), ácido eicosapentaenoico (EPA) e ácido docosahexaenóico (DHA). Devido a restrita capacidade de síntese de EPA e DHA a partir de ALA, o NRC6 recomenda a inclusão desses AGPIs na dieta de cães e gatos. Fontes de ômega 3 são peixes e algas provenientes de água marinha fria, sendo popularmente comercializado na forma de óleo.