O padrinho deposita, mensalmente, uma ajuda de custo para aquele animal
Cláudia Guimarães, em casa
claudia@ciasullieditores.com.br
Se você, assim como eu, é do tipo que não pode ver um gato que já quer levar para a casa, saiba que há outra saída que também demonstra seu carinho pela espécie e, sem dúvidas, pode ajudar – e muito – esses animais. Estamos falando do apadrinhamento de gatos, realizado pela ONG Adote Um Gatinho. Já ouviu falar?
Conversamos com a co-fundadora e presidente da instituição, Susan Yamamoto, que nos revela como funciona esse apadrinhamento. Segundo ela, as pessoas escolhem o gato pela foto e texto disponibilizados no site e se comprometem a contribuir, mensalmente, com o valor (R$ 40 para um animal, R$ 75 a R$ 90 se escolher dois gatos, a partir de R$ 120 para três). Os interessados em se candidatar devem acessar esse site e preencher o formulário.
Na visão da presidente, todas as ONGs devem ser adeptas dessa forma de contribuição, pois, com o valor fixo, é possível conseguir atender melhor às necessidades dos animais e, ainda, abre possibilidade de planejamento para novos resgates. “Hoje, nossa ONG tem cerca de 350 gatos e cerca de 120 disponíveis para apadrinhamento”, compartilha.
Susan ainda nos conta que, por conta da pandemia, algumas pessoas precisaram cortar ou doar menos. “Mas, surpreendentemente, muitos padrinhos aumentaram a contribuição exatamente sabendo que a ONG passaria por um momento financeiro delicado”, comemora. Para Susan, o apadrinhamento é uma ótima opção para quem deseja ajudar um animal, mas não pode levá-lo para casa: “É uma das melhores formas, mas quem não pode se comprometer com gasto fixo pode, também, contribuir com doações esporádicas, em dinheiro ou produtos para gatos, com divulgação, se voluntariando, etc.”, adiciona.
Nossa entrevistada argumenta que, ao apadrinhar um gato, a pessoa garante o sustento daquele animal. “É interessante podermos contar com esse custo ‘a menos’ para pensarmos em salvar novas vidas. As visitas não são permitidas à ONG, pois mantemos nosso endereço em sigilo, mas os padrinhos recebem, bimestralmente, cartas com fotos de seus afilhados”, menciona.
Mas quem deseja adotar… A ONG também disponibiliza essa opção. O interessado deve acessar o site, escolher o gato e preencher o formulário. “Avaliamos o perfil da pessoa e vemos se está de acordo com o perfil do gato escolhido. Analisamos, também, se a pessoa está dentro dos critérios de adoção (se possui telas em todas as janelas e acessos à rua, telhados fechados, se tem condições financeiras, se não tem nenhum histórico de devolução, negligência ou maus-tratos, por exemplo) e se ela está dentro da nossa área de atuação (cidade de São Paulo e ABC). Estando tudo ok, combinados a entrega, que é feita pessoalmente, na casa da pessoa, quando ainda aproveitamos para fazer melhor avaliação das redes de proteção e rotas de fuga”, destaca.