O Fundo de Conservação do SeaWorld concedeu uma doação emergencial à Fundação Sul-Africana para a Conservação de Aves Costeiras (SANCCOB, sigla em inglês) após condições climáticas extremas e inundações devastadoras destruírem habitats e ninhos na África do Sul. A doação foi utilizada para resgatar e cuidar de 209 filhotes de pinguins-africanos, espécie ameaçada de extinção. Os filhotes estão sendo cuidados até que possam ser devolvidos com segurança à natureza. Desde o final de junho, mais de 80 aves saudáveis puderam retornar ao seu habitat natural.
Os pinguins-africanos sofreram um declínio populacional massivo e a espécie entrou na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, sigla em inglês) em 2010. O Fundo de Conservação do SeaWorld fornece subsídios para projetos de conservação em todo o mundo que apoiam a pesquisa, proteção de habitats, educação para preservação da natureza, resgates e reabilitação de animais. Essa é a primeira doação emergencial feita pelo Fundo em 2023.
“O Fundo de Conservação do SeaWorld apoia a SANCCOB desde 2009, totalizando quase U$ 300.000 em apoio financeiro e científico. Agora, pudemos intervir e ajudar novamente durante uma crise ambiental devastadora”, disse Dr. Christopher Dold, Presidente do Fundo de Conservação do SeaWorld e diretor Zoológico do SeaWorld. “O trabalho realizado pela Fundação é essencial para a região e ajuda a prevenir a extinção desta espécie carismática e muito especial. Poder devolver animais saudáveis à natureza para que possam reconstituir populações abundantes é o resultado que mais esperamos ao fornecer assistência financeira a organizações que precisam de ajuda”.
A SANCCOB é reconhecida internacionalmente como líder na reabilitação de aves marinhas e no resgate de vida selvagem ameaçada pelo vazamento de petróleo. A Fundação recebe de 2 a 3 mil animais todos os anos em dois centros de reabilitação localizados na África do Sul. O Projeto de Suporte aos Pinguins-Africanos da SANCCOB faz parte da sua estratégia de conservação da espécie que tem o objetivo de prevenir um maior declínio populacional e a mortalidade de filhotes, além de apoiar esses animais na natureza com cuidados que aumentam as suas chances de prosperar. Nos últimos 17 anos, a SANCCOB ajudou a criar cerca de 10 mil filhotes de pinguins-africanos.
Clima prejudica habitats selvagens
Nas últimas semanas de maio, quando condições climáticas extremas devastaram colônias no Cabo Ocidental e no Cabo Oriental da África do Sul, filhotes de pinguins-africanos foram levados à SANCCOB. Fortes chuvas causaram inundações e a destruição de seus ninhos, resultando no abandono de filhotes e no deslocamento dos pais.
Nicky Stander, Chefe de Conservação da SANCCOB, disse que quando sua equipe chegou ao local, centenas de filhotes foram encontrados abandonados, molhados, tremendo e desidratados. “Sabíamos que tínhamos um desafio pela frente e imediatamente prestamos atendimento de emergência para aumentar a temperatura corporal dos filhotes e melhorar sua hidratação antes de transportá-los para nosso centro de reabilitação. Sem o apoio de organizações como o SeaWorld, não seríamos capazes de oferecer uma segunda chance de vida a tantos animais”.
Dos 209 pinguins-africanos resgatados, 170 foram realocados para a SANCCOB Cidade do Cabo e 39 para a SANCCOB Gqeberha. Os filhotes serão cuidados até que a data de soltura seja determinada. Além disso, 28 ovos de pinguins-africanos foram recuperados e transportados para as instalações da Fundação na Cidade do Cabo, onde foram colocados em incubadoras. A doação de U$ 15.000 do Fundo de Conservação do SeaWorld está apoiando a SANCCOB a comprar itens essenciais de nutrição dos animais, suprimentos médicos, bem como reparo e substituição de equipamentos necessários para o pleno funcionamento do projeto.
Os filhotes resgatados são de diferentes faixas etárias, desde menos de uma semana de vida até próximos da idade adulta. Dentro de um mês após o resgate, a SANCCOB pôde iniciar o planejamento de retorno dos pinguins à natureza. Atualmente, 80 aves já foram libertadas, e a soltura do restante será avaliada semanalmente pelas equipes de cuidados animais da Fundação.
Entre as solturas, 30 aves jovens foram levadas à Reserva Natural de Hopp, definida como ideal para restabelecer colônias de pinguins-africanos. Todas as aves libertadas pela SANCCOB e outros centros de reabilitação na África do Sul contam com microchips para monitoramento, o que permite que os cientistas saibam o estado de saúde dos animais depois de serem soltos.
Desde a sua criação em 2003, o Fundo de Conservação do SeaWorld forneceu mais de U$ 20 milhões em doações a cerca de 1.391 projetos de conservação de animais e ecossistemas em todos os continentes.
Fonte: AI, adaptado pela equipe Cães e Gatos VET FOOD.
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