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Ourofino Saúde Animal lança produto focado em terapias com células-tronco para cães

Por Equipe Cães&Gatos
células-tronco
Por Equipe Cães&Gatos

Cláudia Guimarães, da redação

claudia@ciasullieditores.com.br

Seguindo seu propósito de reimaginar a saúde dos animais de companhia, a Ourofino Saúde Animal acaba de viver um momento especial para a empresa, para os médicos-veterinários e tutores que a acompanham: o lançamento do NeoStem, solução focada na biotecnológica terapia com células-tronco especialmente voltada para cães. O lançamento ocorreu em um evento on-line, promovido no dia 12 de abril, no canal da empresa no YouTube.

No encontro de lançamento, o presidente da Ourofino Saúde Animal, Kleber Gomes, compartilhou que, em breve, a empresa completa 35 anos de história e faz um retrospecto de todo o seu percurso: “Foi uma jornada linda e que nos trouxe como uma das líderes do mercado. Nós produzimos um amplo portfólio para animais de produção e para animais de companhia, atuando em toda a América Latina, com equipes próprias no Brasil, no México, na Colômbia. Por isso, temos muito orgulho da nossa história e queremos agradecer nossos fundadores, os senhores Norival Bonamichi e Jardel Massari que construíram um legado baseado em relações de confiança”, mencionou.

Medicina Veterinária Regenerativa

Para explicar melhor as aplicações das células-tronco na Medicina Veterinária, a Ourofino Saúde Animal chamou a médica-veterinária Michelle Barros, que é referência em pesquisa sobre o assunto no Brasil. A profissional explicou que o princípio dessa terapia é trazer ou restabelecer o tecido o mais próximo do fisiológico possível. “Quando conseguimos essa reparação, consequentemente fazemos com que esses animais, sejam eles de trabalho, de esporte, ou de qualquer atividade voltem às suas atividades de maneira plena, sem que eles tenham recidivas dos quadros”, discorre.

Michelle aponta que as principais fontes de células utilizadas nessa terapêutica são as células-tronco mesenquimais, as células-tronco embrionárias e as células-tronco pluripotente induzidas (iPS), sendo que essas últimas citadas são células reprogramadas, ou seja, que, um dia, foram células-tronco adultas, reprogramadas em laboratório para exercer características e funções de células pluripotentes.

As células-tronco, como explicado por Michelle, são as células que têm a capacidade de se auto-renovar, se diferenciar e de adquirir a funcionalidade de qualquer tecido, apresentando, assim, forte potencial em processos de reparação tecidual. A profissional ainda explica o que o processo biotecnológico trouxe de novo para os veterinários: “Trouxe a oportunidade de melhorar um sistema que, naturalmente, existe. Todo tecido adulto já formado possui um nicho de célula-tronco mesenquimal e são essas células que fazem a manutenção desses tecidos. Mas, com o passar do tempo, esses nichos vão envelhecendo. Em um recém-nascido, esses nichos estão em alta produção e, com o tempo, vão ficando mais fracos e é por isso que envelhecemos e que os nossos pacientes também envelhecem. Dessa forma, conseguimos identificar, extrair e multiplicar essas células em laboratório e, hoje, ela é um produto para você poder aplicar de forma imediata e melhorar essa regeneração e tudo aquilo que ela pode fazer”, comemora.

As células-tronco têm a capacidade de se auto-renovar, se diferenciar e de adquirir a funcionalidade de qualquer tecido (Foto: reprodução)

Em relação à resposta ao tratamento com essa biotecnologia, Michelle declara que tudo que é agudo, significa que possui muita inflamação. “Então, as células migram mais facilmente, conseguem trabalhar melhor e, se é agudo, eu tenho menos fibrose, então, elas conseguem de maneira mais fácil e rápida recuperar o tecido. E nessa hora me questionam ‘mas, então, você não indica em casos crônicos?’. Indico, mas temos que saber o que esperamos de resposta. Num caso agudo, espero uma recuperação mais rápida, num caso crônico, vou esperar que o animal precise de mais aplicações e que o tempo de resposta vai ser mais lento, é normal”, adianta.

A tecnologia

O NeoStem é indicado para três casos: sequelas neurológicas de cinomose, uma virose altamente contagiosa e que, por isso, acaba sendo um pouco ingrata, como dito por Michelle; a osteoartrose, doença crônica e degenerativa das articulações; e a ceratoconjuntivite seca, doença caracterizada por secura crônica e bilateral de córnea e conjuntiva, devido a uma produção insuficiente de lágrima. 

Também participou do evento de lançamento a médica-veterinária e analista Técnica da Ourofino Saúde Animal, Tabatha Kalenski: “Como já mencionado, o NeoStem é uma solução inovadora à base de células-tronco mesenquimais caninas que vai revolucionar a qualidade de vida dos cães. Existem três tipos de células-tronco, a depender de sua origem, que podem ser embrionárias, quando são obtidas a partir da mórula ou da blástula; fetais, quando obtidas a partir dos anexos fetais; e as células- tronco mesenquimais, obtidas a partir de tecidos adultos, como o tecido adiposo por exemplo, e essa é a matéria-prima do nosso novo produto”, reforça.

A veterinária explica que esse tecido adiposo é proveniente de cães jovens e saudáveis que passam por procedimento cirúrgicos eletivos, como castrações e cesarianas. “Esses animais não precisam ser submetidos a um procedimento adicional para obtenção do tecido adiposo, portanto, eles não são submetidos a riscos adicionais. Esse tecido adiposo é direcionado para um laboratório especializado em células-tronco, com altos padrões de qualidade e tecnologia de ponta”, descreve.

Segundo Tabatha, NeoStem foi desenvolvido após 15 anos de pesquisa científica e sete anos de aplicação terapêutica. “Os mecanismos de ação do NeoStem são, basicamente, dois: o primeiro deles é a reposição celular, já que as células-tronco mesenquimais são capazes de se diferenciarem em alguns tipos celulares, como por exemplo neurônios, células de cartilagem e células ósseas. Mas o principal mecanismo de ação do produto é o que a gente chama de ação parácrina, que é a secreção de moléculas bioativas por parte das células-tronco, onde essas moléculas vão exercer uma ação imunossupressora, anti-inflamatória, angiogênica, estimulando a formação de novos vasos, antiapoptótica, antifibrótica e reparadora endógena”, explica.

A aplicação da solução varia de acordo com o problema de saúde apresentado pelo animal (Foto: reprodução)

O produto e suas aplicações

NeoStem se apresenta em frascos contendo dois milhões de células, sempre acompanhados de um kit de descongelamento. “A dose varia de acordo com a doença que o paciente apresenta e o seu peso e o envio do produto é feito de forma personalizada, da Ourofino direto ao veterinário”, revela Tabatha.

Em relação ao modo de uso, a veterinária declara que, para o tratamento de sequela neurológica da cinomose, são preconizadas três aplicações, com intervalo de 30 dias, pela via intravenosa. Não requer nenhum preparo prévio do animal e não há nenhuma mudança na rotina dele. Já para o tratamento da ceratoconjuntivite seca, a dosagem é única e a aplicação é feita diretamente nas glândulas lacrimais, parte na glândula lacrimal principal e parte na glândula da terceira pálpebra, procedimento realizado sob anestesia de forma rápida e simples. Por fim, para o tratamento de osteoartroses, é realizada uma aplicação diretamente na articulação acometida e, em um número menor de casos, pode ser necessária uma segunda aplicação, lembrando que se trata de um procedimento seguro.

“Nós estamos junto com você! A Ourofino oferece todo o suporte técnico, seja por meio de aulas teóricas, materiais técnicos, artigos científicos, até o treinamento para o manuseio de NeoStem, assim, você pode iniciar a terapia celular com seus pacientes com toda a segurança. A busca pela qualidade de vida dos pets está cada vez mais avançada e a Ourofino quer ser protagonista nessa história”, conclui.

Durante o evento, a diretora da Unidade de Negócios de Animais de Companhia da Ourofino, Verônica Martins, contou que, para levar essa terapia inovadora aos veterinários, a empresa estruturou uma equipe que irá trabalhar com NeoStem de forma exclusiva. “As pessoas que fazem parte dessa equipe já são funcionários da Ourofino há muito tempo, ou seja, conhecem e vivem os nossos valores na prática. O atendimento da equipe do NeoStem vai ocorrer de forma direta, mantendo sempre a nossa excelência em serviço”, garante.

Para apresentar essa equipe, Verônica chamou ao palco o gerente Nacional da linha NeoStem, Alexandre Nascimento, que declarou ter um plano de negócios bastante alinhado com o propósito da Ourofino de reimaginar a saúde animal e anunciou o restante da equipe focada nesse novo produto: Ana Anália Barros, que será responsável pelas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste; Thalita Gomes, responsável pelos Estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais; Patrícia Nogueira, responsável por São Paulo (capital); Keyla Cavalheiro, responsável por São Paulo (interior) e Sul do Brasil.

Também participaram do evento, em um formato de mesa-redonda comandada pela médica-veterinária especialista Técnica da Ourofino, Juliana Trigo, veterinários com experiência em ortopedia que acompanharam um estudo multicêntrico, onde puderam avaliar a resposta clínica do NeoStem em 79 cães com osteoartrose de grau leve a moderado. 

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