Cláudia Guimarães, da redação
claudia@ciasullieditores.com.br
Com mais de 15 mil pessoas inscritas e prontas para o prestigiar, o Simpósio Global da Hill’s (Hill’s Global Symposium) deste ano ocorreu no dia 29 de setembro e foi transmitido on-line e com tradução simultânea. O evento focou em questões dermatológicas, incluindo o papel que a nutrição desempenha na causa e tratamento de condições dermatológicas dos animais de companhia.
Entre os palestrantes convidados para apresentar temas relevantes durante o encontro, foi a médica-veterinária Sarah Wilson, que, após a graduação, completou uma residência em nutrição clínica de pequenos animais, na Universidade da Califórnia Davis, em 2017, informou qual o papel da nutrição dos animais neste aspecto. Já no início da palestra, ela deixou sua paixão pela área visível: “Eu amo nutrição e amo dermatologia. Vou falar sobre as funções importantes da pele e sobre aqueles nutrientes que são essenciais para ajudar a pele e pelagem. Também vou analisar se uma nutrição pobre ou incompleta influencia ou não uma barreira epitelial saudável, alerta de spoiler, sim”, brincou.
Ela comenta que, olhando para a pele, é possível ver inúmeros papéis importantes e diferentes que ela desempenha. “É o maior órgão e protege, tanto animais, como humanos, contra agentes químicos, físicos, microbiológicos que não queremos que entrem em nós. Ela também ajuda a controlar a perda de eletrólitos e água, entre outras funções”, enumera. Sarah também comenta que a pele pode ser considerada um indicador de saúde. “É uma maneira maravilhosa de olhar para aquele animal de estimação e dizer que algo está acontecendo (se, de fato, estiver), porque é muito mais difícil de ver internamente, mas, a pele, nós entendemos imediatamente”, ratifica.
A veterinária também destacou que as proteínas e aminoácidos são essenciais na dieta dos animais. “Um exemplo é se você não está obtendo proteína de qualidade, o cabelo sofrerá. Para produzir novos cabelos e pele, é preciso ingestão adequada de proteína de qualidade. No mundo animal, é preciso considerar que existem alguns cães que podem ter requisitos mais altos ou aumentados, seja porque eles têm crescimento, gravidez ou lactação ou, talvez, seja por causa de sua pelagem real. Você também deve considerar a cor e a pigmentação dos animais”, sublinha.
O cobre, de acordo com ela, é outro mineral em que devemos prestar atenção quando o assunto é pele. “É um mineral essencial, é necessário para o colágeno, também é importante para a produção de melanina e a deficiência do mesmo resultaria em pelagem áspera ou desbotada, além de hiperpigmentação. Também temos nossas vitaminas lipossolúveis, as vitaminas A, E e D. A vitamina A afetará a proliferação celular e a diferenciação do epitélio da epiderme e as doses de hiper e hipovitaminas terão um problema. A vitamina E é um antioxidante que ajuda a manter a estabilidade das membranas celulares e pode ajudar com os radicais livres. E, por último, a vitamina D é usada regularmente na Medicina Veterinária e, aqui, vale lembrar que os animais, diferente de nós, humanos, não a absorvem com a exposição ao sol, precisando, então, de suplementação”, elucida Sarah, que, ao longo de toda sua apresentação, a veterinária fez questão de frisar que a nutrição deficiente ou incompleta influencia numa barreira epitelial saudável.
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Outra palestra de destaque foi da médica-veterinária certificada em nutrição de pequenos animais, que, atualmente, trabalha na Hill’s, Dana Hutchinson, que falou sobre a abordagem nutricional para filhotes com doenças de pele.
Para iniciar, ela mencionou uma pesquisa feita pela Forbes, que descobriu que 70% das pessoas nos Estados Unidos que tinham um animal de estimação adquiriram outro durante a pandemia. “Era o momento perfeito para ter mais um ou o primeiro pet. As pessoas trabalhavam em casa, não estavam planejando ir a lugar nenhum”, observa.
Com esses novos animais dentro das casas, aumentaram os números de consultas, momento em que surgem todas aquelas perguntas de “pais de primeira viagem”, como narra a veterinária: “‘Quanto meu filhote deve dormir? Quantas vezes por dia ele deve fazer cocô? Por que ele está comendo grama? E o que devo alimentar meu filhote?’. Essas são as questões clássicas e o que sempre faço questão de destacar, acima de tudo, é que a nutrição é muito importante para o desenvolvimento saudável do pet. Essa nutrição deve vir de uma alimentação completa e balanceada para garantir que eles estejam recebendo todas as vitaminas e minerais de que precisam”, explica.
Dana compartilha um caso que recebeu em sua clínica de um cão chamado Stanley, que, após inúmeras investigações, chegou-se ao diagnóstico de alergia alimentar. “Ele era um filhote de raça gigante, então, a primeira coisa que tive que falar com seus tutores foi ter certeza de que eles entenderam o cálculo ideal de suas necessidades calóricas. Dei a eles uma ideia de quantas calorias eles estavam oferecendo ao cão, mostrando que estavam altas demais”, revela.
A veterinária, a partir daí, conta que sugeriu uma dieta rica em ácidos graxos essenciais o, tema, aliás, muito debatido durante todo o Simpósio Global da Hill’s. “Ele desempenha um papel fundamental nos componentes estruturais e, na verdade, esse ácido graxo ômega 6, na pele, se correlaciona diretamente com a perda de água, que é uma das nossas principais maneiras de avaliar a função de barreira da pele. Queria ter certeza de que estava obtendo níveis ideais adequados desse ácido graxo”, declara. A veterinária ainda afirma que este animal de estimação teria um tratamento mais eficaz rapidamente se tivesse acesso ao alimento Derm Complete Puppy, lançado, agora, pela Hill’s, nos Estados Unidos.
“Fico feliz em falar sobre esse lançamento, que é ideal para todos os tipos de filhotes, portanto, atenderá às suas necessidades de crescimento, independentemente do tamanho. Tem uma única fonte de proteína intacta, improvável de causar uma reação se o cão tiver uma alergia alimentar. Tem antioxidantes, é rico em ácidos graxos ômega-3 e é consistente com Derm Complete fórmula adulta. Também é rico em ácido linoleico, sendo que alguns desses nutrientes são indispensáveis para a cicatrização e saúde da pele”, descreve.
Programação extensa
As participações não pararam por aí. Também apresentou uma palestra importante a médica-veterinária que se juntou à equipe de nutrição animal da Hill’s, em 2016, Sue Wernimont. A profissional apresentou o tema “Acompanhando a coceira: quantificando a saúde com tecnologia vestível”, iniciando sua apresentação mostrando alguns acessórios e roupas inteligentes já disponíveis, hoje, no mercado. “Os wearables (tecnologia vestível) estão se tornando parte integrante de nossas vidas cotidianas. Como pessoas que vivem no mundo, temos relógios inteligentes que podem rastrear nosso sono, nossos passos, nossa frequência cardíaca e atividade por dia. Alguns deles até nos dão recomendações de quantas calorias devemos comer. Eles também podem nos dizer sobre nossos níveis de estresse. Mas os wearables estão aparecendo em outros lugares inesperados e é emocionante pensar em como essa tecnologia pode se espalhar na Medicina Veterinária”, vislumbra.
Ela, então, indagou os participantes do simpósio: “Quais tecnologias estão sendo utilizadas, atualmente, para monitorar a saúde dos animais de estimação?” e logo adicionou: “Temos Telemedicina, monitoramento remoto de pacientes, areia de gato que muda de cor, monitoramento de dermatite, etc. Estamos vendo muitas ferramentas diferentes por aí”, atesta.
Sue mencionou um estudo que forneceu evidências preliminares de que é possível utilizar monitores de atividade para avaliar, objetivamente, o prurido canino em um ambiente doméstico. “O que eles descobriram é que o nível de atividade medido com o dispositivo vestível estava altamente correlacionado com o que eles observaram no vídeo daquele horário de prurido noturno. Mas você pode imaginar que a implementação de câmeras de vídeo infravermelhas em um ambiente doméstico não funciona tão bem. Ele, de fato, destacou a necessidade de uma ferramenta que pudesse coletar essas informações remotamente sem a necessidade de câmeras ou algo assim, além de ser capaz de traduzir essas informações em comportamentos apenas a partir de um dispositivo vestível. E agora pergunto: qual empresa de nutrição para animais de estimação é a primeira a utilizar tecnologia vestível em um estudo clínico do alimento terapêutico? A resposta é Clique aqui para inserir texto. Hill’s, anuncia.
Sue, que integra a equipe da empresa, declarou estar muito orgulhosa desse fato, porque, embora haja muita tecnologia de saúde quantificada comercialmente disponível, ela atesta que a Hill’s é, na verdade, a primeira empresa a combiná-la com alimentos coadjuvantes. “Trata-se de uma maneira rigorosa de avaliar os alimentos. Isso é algo de que nos orgulhamos muito, poder combinar as alegações de nossos alimentos com a tecnologia vestível. Há um conjunto de evidências de pesquisas clínicas que mostraram o valor da tecnologia vestível na quantificação de sinais de prurido em cães que recebem tratamento terapêutico para condições dermatológicas. Esses estudos foram todos em cães de tutores que são nossos clientes.
A profissional ainda discorreu um pouco sobre o histórico de como é ter sinais dermatológicos com um dispositivo vestível. “Somos capazes de utilizar a tecnologia vestível e coletar informações sobre diferentes parâmetros, diferentes aspectos do dia a dia desse cão. Coletamos informações sobre comportamentos de sono e repouso, comportamentos de agitação e comportamentos de coçar. Ele diagnosticou que os cães com e sem sinais de dermatite apresentavam diferenças em dormir e descansar, sacudir e coçar. Especificamente, os cães com dermatite tiveram pontuações mais baixas em dormir e descansar, mais altas em sacudir e muito mais em coçar. Não apenas as durações totais desses comportamentos eram diferentes, mas até a variabilidade em cães com dermatite em comparação aos que não tinham esse problema”, explica.
A segunda maneira de analisar os dados, segundo Sue, foi com o modelo em cada comportamento habitual. “Começamos a entender o que é normal para aquele cão e comparamos com os dados coletados no período de alimentação, que representavam o momento em que o cão estava na ração controle ou na ração Derm Complete. Analisamos os dados durante o período de alimentação e observamos valores discrepantes representando uma melhora nos sinais de dermatite em comparação com o que eles tinham no período basal. Quando olhamos o dado desta forma, vimos que, no grupo Derm Complete, houve uma maior proporção de dias em que há diferenças entre o comportamento normal em relação ao grupo normal. Portanto, houve melhora apresentada em relação ao grupo controle”, expõe.
Atenção, brasileiros!
A Hill’s não restringe suas boas formulações ao mercado internacional. O alimento Derm Complete para cães adultos deve chegar ao mercado brasileiro durante o mês de outubro. A supervisora de assuntos veterinários da Hill’s Pet Nutrition, Brana Bonder, já adiantou à equipe da C&G VF sobre este lançamento.
Conforme explicado pela executiva, este alimento é indicado para cães adultos com alergia ambiental e alergia alimentar, sendo o único no mercado que tem essa indicação para ambas as enfermidades.
Em breve, mais informações sobre o lançamento aqui, em nosso portal de notícias e em nossa revista on-line.