Alimentação dos pets deve conter teores adequados de proteína, zinco, cobre e ácidos graxos
Brana Sanctos Alô Bonder
Supervisora de Assuntos Veterinários da Hill´s Pet Nutrition
A pele é o principal órgão pelo qual o corpo interage com o meio ambiente, sendo a primeira linha de defesa e evita a entrada de partículas estranhas, previne a invasão de microorganismos e reduz a perda de água transepidérmica. Para isso, há barreiras de proteção física e química e a presença da microbiota da pele¹. A pele e pelo podem ser afetados por diversos fatores nutricionais e muitos tutores desejam melhorar a qualidade e a aparência do pelo do pet, uma vez que a interação tátil e visual entre animais e tutores é de grande importância nessa relação. Isso enfatiza a relevância de entender a relação entre nutrição e pele².
Embora dermatoses de origem nutricional sejam menos comuns devido ao emprego de alimentos comerciais completos e balanceados, animais que consomem alimentos comerciais de má qualidade (excesso de minerais e baixa digestibilidade, por exemplo) ou alimentos caseiros desbalanceados estão susceptíveis a doenças nutricionais. Essas dermatopatias podem ocorrer devido a deficiências, excessos ou desequilíbrios entre nutrientes e, na prática, dificilmente ocorre a deficiência isolada de um único nutriente.
A pele e pelo dos animais podem ser afetados por diversosfatores nutricionais (Foto: reprodução)
A pele manifesta algumas lesões cutâneas que poderiam ser de outras dermatopatias, como descamação, formação de crostas, alopecia, acromotriquia, crescimento lento dos pêlos, distúrbios da secreção sebácea, pelagem ressecada e áspera, prurido e piodermite recorrente. Isto se deve ao fato de um mesmo nutriente participar do metabolismo de várias estruturas cutâneas, da mesma forma que estas necessitam de vários nutrientes para o adequado metabolismo¹. Isso dificulta o diagnóstico, pois, na maioria das vezes, não há sinais patognomônicos da deficiência nutricional, mas a anamnese nutricional, a inspeção e palpação podem revelar ao clínico importantes informações a respeito da competência nutricional do animal e sua saúde geral¹ ².
Assim, abaixo vamos destacar algumas dermatoses nutricionais frequentes:
Proteína: O crescimento normal dos pelos e a queratinização da pele são responsáveis por 25% a 30% da necessidade protéica diária dos animais, além do fato de o pelo ser constituído por, aproximadamente, 95% de proteína. Assim, a renovação de pele e pelo dependem diretamente do teor e da qualidade da proteína no alimento¹ ².
Zinco: Ele atua em diversas funções biológicas, como o metabolismo celular, o que é importante para a manutenção da saúde da pele e pelo. Dermatoses responsivas ao zinco podem ser classificados em dois tipos de síndromes: a) síndrome I, caracterizada por ser uma deficiência hereditária, que resulta na menor absorção intestinal do nutriente, mais comumente observada em raças de cães nórdicos, como Husky Siberiano e Malamute do Alaska; b) síndrome II ocorre em cães filhotes que apresentam maior taxa de crescimento, como Dogue Alemão, Doberman Pinscher, Pastor Alemão e Labrador Retriever ou em animais jovens-adultos que consomem alimentos deficientes em zinco. Os cães com deficiência de zinco podem apresentar eritema, alopecia, crostas ao redor do focinho, olhos e orelhas. O diagnóstico é feito por exame histopatológico, com a observação de paraqueratose epidermal/folicular³.
A Hill´s Pet Nutrition está lançando o alimento Hill´sPrescription Diet Cuidados da Pele-Cão (Foto: reprodução)
Cobre: Cobre, zinco e cálcio apresentam inter-relações importantes no metabolismo do animal. O excesso de cálcio na dieta pode, dentre outros distúrbios, interferir na absorção intestinal de zinco e de cobre. O cobre é importante para a maturação de colágeno e elastina, formação de queratina e na síntese de melanina. A deficiência deste nutriente leva a manifestações como acromotriquia (ou perda da coloração normal do pelo), queda de pelo e pelo quebradiço².
Ácidos graxos essenciais: Quando falamos de pele, o ácido linoleico ganha destaque, já que é constituinte das ceramidas e auxilia na permeabilidade da pele.Cães e gatos não são capazes de sintetizar o ácido linoleico, por isso, o alimento deve ser fonte desse ácido graxo². Alimentos comerciais que são mal conservados podem provocar essa deficiência, uma vez que há a destruição de ácidos graxos essenciais quando a gordura é oxidada. Descamação e perda de brilho do pelo são manifestações clínicas que podem demorar meses para aparecerem em decorrência da deficiência, mas, a longo prazo, ocorre o aumento da seborréia e a pele se torna mais espessa, seguida por infecção bacteriana secundária e prurido. Não há meios diagnósticos específicos e a terapia consiste em mudança da dieta³.
Com isso, é possível identificar a estreita relação entre pele e nutrição, sendo importante que os animais tenham acesso a alimentos completos e balanceados. Caso o cão tenha dermatose nutricional, a Hill´s Pet Nutrition está lançando o alimento Hill´s Prescription Diet Cuidados da Pele-Cão, indicado para cães adultos com pele sensível ou dermatoses responsivas a nutrientes. O alimento possui teor de proteína, zinco e cobre adequados, contém ácidos graxos essenciais e ômega 3, além de antioxidantes clinicamente comprovados.
Referência:
- Carciofi, A. C.; Dermatopatias nutricionais. Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da UNESP, campus de Jaboticabal, ano. 31f (Texto digitado)
- Roudebush, P.; Schoenherr, W.D. Skin and Hair Disorders. In: MS Hand, CD Thatcher, et al. (Ed.); Small Animal Clinical Nutritional. Topeka: Mark Morris Institute, 2010, p. 638– 665.
- Hensel, P. Nutrition and skin diseases in veterinary medicine. Clinics in Dermatology. v.28, p. 686–693, 2010
Confira as embalagens do alimento Hill´s Prescription Diet Cuidados da Pele-Cão: