Como já se é de conhecimento veterinário, além do coronavírus que assola o nosso planeta e atinge diretamente os humanos, e assim como os gatos, os cães também possuem uma variante. Segundo pesquisa recente, esse coronavírus entérico canino é possível causa de surto de vômitos na espécie.
Como divulgou o portal de notícias Veterinária Atual, na terça-feira (16), ação levou 12 meses de investigação epidemiológica e foi realizada pelos investigadores da Small Animal Veterinary Surveillance Network (SAVSNET), que identificaram a variante do coronavírus entérico canino (CCoV ou CECoV).
De acordo com o levantamento realizado pelos profissionais, os cães com vômitos prolíficos foram significativamente mais propensos a testar positivo para CeCoV, enquanto testes genéticos em amostras mostraram que as sequências de CeCoV de 14 dos 16 cães testados eram idênticas, sugerindo uma única estirpe ou variante geograficamente distribuída por toda a Inglaterra.
“A análise dos dados de controle de casos revelou que os cães machos, tanto castrados como não castrados, tinham uma probabilidade significativamente maior de serem um caso, em comparação com as fêmeas castradas”, afirmou Gina Pinchbeck, envolvida no projeto.
Com também pontua o professor de informática em saúde veterinária em Liverpool e membro da equipa do SAVSNET, Alan Radford, “já conhecemos o coronavírus entérico canino há algum tempo. No entanto, é geralmente associado a uma doença leve. É esporadicamente associado a casos severos e geralmente em animais mais jovens e associados a outros agentes patogénicos entéricos”.
“Nós suspeitámos de uma transmissão entre cães ou de uma fonte ambiental comum, já que os cães que viviam com outro cão que também tinha vomitado tinham uma probabilidade significativamente maior de se tornarem casos”, destaca Gina Pinchbeck.
Notas sobre a ação. Vale ressaltar que a investigação teve iniciou em janeiro de 2020 com um pedido da Small Animal Veterinary Surveillance Network (SAVSNET) da Universidade de Liverpool para ajudar na recolha de dados de um possível surto (cinco ou mais episódios num período curto de 12 horas).
O vômito era mais frequente do que é o típico para a gastroenterite canina e os casos dos pacientes afetados eram tão semelhantes – diarreia e letargia prolongada também estavam a ser relatadas – que os médicos veterinários começaram a suspeitar de uma causa infeciosa.
Em apenas um mês, os investigadores da SAVSNET receberam 1 258 questionários de casos de médicos-veterinários e tutores, enquanto 95 amostras clínicas de 71 animais também foram recolhidas.
Fonte: Veterinária Atual, adaptado pela equipe Cães&Gatos VET FOOD.
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