O parvovírus canino é conhecido por causar danos graves na barreira intestinal e, no caso de cães mais jovens, por afetar as células do miocárdio, podendo originar insuficiência cardíaca aguda e, em muitos casos, morte precoce.
Contudo, seus efeitos a longo prazo têm sido pouco estudados. Por isso, um grupo de investigadores publicou, recentemente, um estudo que analisa os efeitos deste vírus a longo prazo nos animais que sobrevivem à patologia.
Os investigadores procuraram saber se os cães que sobreviveram a este vírus tinham, ou não, maior risco de desenvolver uma gastroenterite crónica, dermatite atópica ou uma doença cardíaca. Para isso, contaram com uma amostra de cães tratados contra o parvovírus canino e fizeram o seu acompanhamento clínico durante 12 meses.
Animais tiveram acompanhamento clínico durante 12 mesespara a realização do estudo (Foto: reprodução)
Depois desse período, os donos dos cães afetados pelo vírus e os donos dos cães de um grupo de controle, responderam a um questionário para despistar a presença de sinais gastrointestinais e cutâneos crónicos, doenças cardíacas e outros potenciais transtornos.
Os resultados publicados mostram que os animais que haviam sofrido do vírus desenvolveram problemas gastrointestinais crónicos mais tarde em suas vidas. Além disso, foram observadas diferenças significativas entre os cães que sofreram do vírus e os que não sofreram no que diz respeito a doenças de pele e problemas cardíacos.
Assim, os investigadores acreditam que os cães que sobrevivem ao parvovírus canino têm, significativamente, mais probabilidades de desenvolver doenças gastrointestinais crónicas.
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Fonte: Veterinária Atual, adaptado pela equipe Cães&Gatos VET FOOD.