Cientistas da Universidade de Azabu, no Japão, fizeram uma descoberta impressionante: gatos domésticos são capazes de associar palavras humanas a imagens sem a necessidade de estímulos ou recompensas.
O estudo publicado no último dia 2 de outubro no periódico Scientific Reports contou com a participação de 31 gatos. Os pesquisadores mostraram aos felinos uma série de imagens e sons em uma tela de computador.
Utilizando curtas animações, uma metodologia comum em estudos com bebês humanos, os cientistas observaram as reações dos gatos enquanto eles assistiam aos vídeos. Foram apresentadas imagens de um sol e uma nuvem, acompanhadas pela voz dos donos dos animais dizendo palavras sem sentido, como “parumo” ou “keraru”.
Cada imagem foi associada a uma palavra específica, exibida repetidamente até que os gatos perdessem o interesse e desviassem o olhar. Após uma pausa, os animais foram colocados novamente diante da tela, mas, desta vez, as palavras associadas às animações foram trocadas.
Os pesquisadores observaram que os bichanos prestaram mais atenção na segunda exibição, quando as palavras foram trocadas. Alguns até apresentaram dilatação das pupilas, o que indica que estavam confusos com a mudança e tentavam compreender o que havia ocorrido.
Esses sinais mostram que os felinos haviam associado previamente as palavras às imagens — mesmo sem receber nenhuma recompensa (como um petisco).
Estudos anteriores já demonstraram que os gatos reconhecem quando alguém pronuncia seus nomes, reagindo de maneira diferente do que quando ouvem outras palavras. Além disso, uma pesquisa realizada pela mesma universidade em 2022 revelou que os felinos também são capazes de associar nomes a objetos e pessoas ao seu redor, especialmente a seus donos.
Na nova pesquisa, os cientistas identificaram que o vocabulário de palavras e imagens que os gatos podem associar é mais amplo do que se imaginava. Assim, o estudo sugere que eles provavelmente costumam associar as palavras que ouvem dos humanos não só a eles próprios, mas também aos objetos em seu ambiente.
Fonte: Revista Galileu, adaptado pela Equipe Cães e Gatos.
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