Os cães utilizam a boca para explorar o mundo, mantendo-os ativos e diminuindo o estresse. No entanto, uma recente pesquisa realizada pela Faculdade de Medicina Veterinária, da Universidade da Pensilvânia, com apoio da Mars Petcare, identificou que cerca de 27% dos cães têm fraturas dentárias, geralmente em dentes funcionalmente importantes e esses episódios estão diretamente relacionados aos brinquedos e petiscos disponíveis no mercado.
A mastigação é algo inerente à espécie canina, o que pode acabar dando a falsa impressão de que os dentes dos cães são indestrutíveis. A verdade é que o esmalte de um dente canino é seis vezes mais fino que de um humano e os nervos estão mais próximos da superfície, causando maior sensibilidade. Atualmente, um em cada quatro cães tem dentes fraturados em decorrência de mastigar produtos muito rígidos.
A veterinária britânica especialista em Odontologia e membro da European Veterinary Dental College, Lisa Milella, reforça, ainda, que, ao contrário de muitas fraturas comuns em humanos, lascas e fraturas nos dentes dos cães podem causar dor extrema, infecção e diminuição do apetite, uma vez que os nervos dos seus dentes ficam mais expostos.
O estudo comprovou, também, que a mandíbula de um cão tem força suficiente para quebrar os dentes ao mastigar produtos muito rígidos. Isso significa que, mesmo que alguns cães consigam roer e morder brinquedos e alimentos com essa característica, existe um grande potencial de danificação dos dentes, considerando a imensa força que eles aplicam na mastigação.
Apesar da importância do assunto, metade dos tutores dos cães participantes da pesquisa não conseguiram identificar fraturas dentárias em seus pets. Isso mostra a necessidade que ainda existe de aprendizado e conscientização dos tutores sobre a rigidez de petiscos e brinquedos voltados para a mastigação dos cães. Pensando nisso, a Mars Petcare elencou três dicas valiosas para os tutores estarem atentos ao assunto e protegerem os dentes de seus cães.
Segundo a companhia, é preciso ficar de olho na mastigação, principalmente com itens que o animal encontra e coloca na boca por curiosidade, como pedrinhas na rua ou no parque. Outra dica é seguir a lógica: se achar que é muito rígido, provavelmente é. “Quando oferecer ao cão algo para mastigar, imagine-se dando uma mordida forte naquele petisco ou brinquedo. Se sentir aflição ao pensar nisso, então, provavelmente, o item é muito rígido para o cão”, reforça a empresa.
Por último, é essencial consultar sempre o médico-veterinário se o tutor não tiver certeza se um produto – petisco ou brinquedo – é muito rígido. O profissional irá passar as orientações sobre o que é seguro para o pet.
Fonte: AI, adaptado pela equipe Cães&Gatos VET FOOD.