Brasil tem projeção parecida com a de nações desenvolvidas
Tumores, quimioterapia, prevenção, dor e esperança. As palavras, usualmente relacionadas ao câncer nos seres humanos, também se aplicam à doença nos animais domésticos e se amparam num crescente aprimoramento da oncologia veterinária.
A literatura médica-veterinária é ampla ao relacionar o aumento da longevidade dos animais ao aparecimento de doenças complexas, por isso o avanço do câncer nos países desenvolvidos, onde a prevenção via vacinas, o desenvolvimento da tecnologia diagnóstica e terapêutica e a oferta de rações balanceadas estão alguns passos à frente.
Segundo o professor do Departamento de Clínica e Cirurgia Veterinária da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp, Jaboticabal/SP), Andrigo Barboza de Nardi, o Brasil tem como desafio o combate ao câncer de mama nos cães, tipo de tumor canino mais comum no País e que pode ser amplamente combatido com a castração precoce de fêmeas.
Ainda de acordo com o pesquisador, a maioria dos tratamentos se inicia com procedimentos cirúrgicos e, quando necessário, segue para a quimioterapia. A preocupação mais frequente entre os proprietários dos animais é quanto à queda de pelo durante o tratamento. Pode ou não acontecer, segundo o especialista, sendo mais comum em pets de pelos longos.
A obtenção de dados, especialmente no Brasil, é um obstáculo, mas alguns deles mostram que a incidência de tumores é maior em cães do que em gatos. Uma revisão bibliográfica incluída no livro “Oncologia em cães e gatos”, de Andrigo e Carlos Roberto Daleck, mostra que os tipos de tumores mais comuns no País são os de pele e tecido subcutâneo; mama; hematopoéticos (relacionados ao processo de formação das células do sangue); orofaringe (parte da garganta atrás da boca) e venéreos.
Fonte: O Globo, adaptado pela equipe Cães&Gatos VET FOOD.