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Pets e Curiosidades

Profissionais esclarecem dúvidas sobre o uso de petisco para adestramento

É possível incluir o petisco na alimentação do cão de forma saudável e sem prejudicar a saúde dos animais
Por Equipe Cães&Gatos
petiscos
Por Equipe Cães&Gatos

Em geral, os cachorros amam petiscos! Basta ouvir o barulho do pacote de biscoitos para muitos já ficarem animados e pedindo por um. No entanto, quando se trata de agradar, recompensar ou adestrar, é comum que os tutores tenham várias preocupações sobre como incluir esses mimos na alimentação dos animais. Por isso, é importante saber se esses alimentos são realmente saudáveis, entender a quantidade diária adequada e escolher opções que não prejudiquem a saúde do cão. 

Por isso, Mayara Andrade, médica-veterinária especializada em nutrologia de Balance, marca Premium Especial da BRF Pet, e o adestrador Fabio Wellisch, da empresa Conexão Cão e tutor das cadelas Pirigueti e Emoji, esclarecem essas e outras dúvidas.

Os cães não têm a capacidade de entender que um pedaço cortado em cinco partes é apenas uma fração do petisco inicial, para eles serão cinco recompensas (Foto: Reprodução)

1. Como utilizar os petiscos na alimentação do pet?

Petiscos como os biscoitos podem ser oferecidos diariamente como forma de agrado, treinamento ou recompensa. Mayara Andrade explica que eles podem ser incluídos de forma segura dentro da dieta dos cães. Segundo a veterinária, até 90% das calorias consumidas por dia pelos cachorros devem vir de alimentos completos e balanceados, o restante pode ser complementado pelos biscoitos.

”O indicado é que o tutor siga sempre as instruções e orientações conforme descrito na embalagem, além de consultar o médico-veterinário que acompanha o pet para auxiliar tanto na definição da estratégia quanto no cálculo”, completa.

2. Como escolher o biscoito certo? 

Segundo Mayara Andrade, os tutores devem sempre buscar uma alimentação que supra as necessidades nutricionais e energéticas dos cachorros. “É importante que os tutores leiam os rótulos e a lista de ingredientes dos alimentos com atenção, dando preferência às proteínas de alta qualidade, vitaminas, minerais e fibras”afirma. 

O adestrador Fabio Wellisch acrescenta a importância, também, de optar por petiscos de alta palatabilidade. “Os tutores precisam atrair a atenção do cão com algo que ele realmente irá gostar. E o adestramento nada mais é do que a troca de um comportamento por uma recompensa, e se essa recompensa for deliciosa, tudo fica mais fácil”, afirma.

Porém, ele explica que é importante não exagerar na quantidade de petiscos. “Os cães não têm a capacidade de entender que um pedaço cortado em cinco partes é apenas uma fração do petisco inicial, para eles serão cinco recompensas. Portanto, procure dar pedaços pequenos, assim, o cão comerá mais rápido e estará pronto para o próximo comando rapidamente”, afirma. 

3. De que forma biscoitos podem ser usados no adestramento? 

Segundo o adestrador, os petiscos podem ser utilizados para induzir o cão a realizar os comportamentos desejados. “Inicialmente, evite dar ordens para comportamentos que ele ainda não aprendeu. Por exemplo, é comum as pessoas reclamarem que o cão é teimoso quando pedem para ele sentar e ele não obedece. Eles se acostumam com um som específico e o associam a um comportamento”, diz.

Nesta fase, os petiscos podem ser utilizados. “Portanto, primeiro, induza o cachorro por meio de linguagem corporal a realizar determinado comando, em silêncio, apenas usando o petisco como estímulo. Posteriormente, quando você observar que ele está respondendo aos sinais e entendeu, introduza o comando verbal. Repetir um comando, como ‘senta’, antes que o cachorro tenha compreendido, apenas banaliza a palavra e a torna sem significado para ele”, explica Fabio Wellisch. 

O indicado é que o tutor siga sempre as instruções e orientações conforme descrito na embalagem, além de consultar o médico-veterinário que acompanha o pet para auxiliar tanto na definição da estratégia quanto no cálculo (Foto: Reprodução)

4. Como começar a adestrar o cachorro? 

Fabio Wellisch orienta que há dicas gerais a serem seguidas no início do adestramento dos cães. “Não grite, não fale em tom de bronca e tenha paciência. Fale em um tom baixo, assertivo e calmo. O treino deve ser leve, o cachorro aprenderá mais facilmente se estiver se divertindo durante o processo”, afirma.

Conforme o profissional, à medida que o cachorro acerta o comando, comece a recompensá-lo de maneira intercalada. “Uma vez sim, outra vez não, duas vezes não, uma vez sim, gradualmente, reduzindo o uso do petisco, mas continue a usá-lo ao treinar comandos novos até que ele esteja bem familiarizado”, ensina. 

Ainda segundo o adestrador, outra dica importante nesse processo é estabelecer horários para a alimentação do cachorro. É fundamental que o seu cão tenha horários regulares para comer. Disponibilize a comida por 10 a 15 minutos e, caso ele não demonstre interesse, retire-a e guarde em um pote bem fechado para oferecer em um próximo horário. […] Deixar a comida disponível o tempo todo pode fazer com que o cão perca o apetite e não demonstre interesse nem mesmo por petiscos durante o treinamento”, completa. 

5. Como criar hábitos e estímulos educativos durante a alimentação?  

O conceito de saudabilidade está relacionado não somente à composição de ingredientes que o organismo dos pets aproveita, mas também aos seus hábitos. Como membros da família, os cães vivem cada vez mais dentro de casa, especialmente em apartamentos, por conta da verticalização dos centros urbanos.

Segundo Mayara Andrade, uma alimentação balanceada, aliada a treinamentos, petiscos saudáveis, passeios e visitas regulares ao veterinário são a base para aumentar a saúde global e a longevidade do pet.  

“Petiscos podem ser importantes no processo lúdico da alimentação dos cães, por exemplo, porque estimulam o processo de forrageio, em que os animais farejam por suas presas, que é a natureza dos cães. É possível fazer brincadeiras, estimular uma ‘caça ao tesouro’ com o cão, por exemplo. Isso, na natureza, é como se ele estivesse caçando; é instintivo e divertido para eles”, explica.

Fonte: Portal EdiCase, adaptado pela Equipe Cães e Gatos.

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