Os animais mais velhos, assim como os humanos, requerem cuidados especiais para manter a qualidade de vida por mais tempo. Os avanços da Medicina Veterinária têm contribuído para o aumento da expectativa de vida de cães e gatos, mas há alguns cuidados que podemos adotar no dia a dia que ajudam os pets a envelhecerem melhor e mais saudáveis.
Segundo o médico-veterinário e gerente Técnico da MSD Saúde Animal, Marcio Barboza, a observação do comportamento do pet, associada à adoção de práticas preventivas, pode garantir maior expectativa de vida aos nossos pets ao envelhecerem. Por isso, é muito importante manter no calendário anual consultas com o médico-veterinário, momento em que o tutor deve reportar toda e qualquer mudança observada no físico e no comportamento do animal.
Barboza explica que não há uma regra de idade que se aplique a todos os animais em relação a senioridade, já que o envelhecimento físico depende muito do porte, raça e estilo de vida de cada pet. “Mas estima-se que, ao atingir a metade da sua expectativa de vida, os pets já podem começar a receber cuidados voltados à animais sêniores”, aponta.
Considerando essa métrica, os gatos são considerados idosos a partir dos sete anos. Já os cães de grande porte a partir dos sete ou oito anos, enquanto um de pequeno porte inicia seu período geriátrico por volta dos onze anos. Segundo o executivo, para o tutor, o envelhecimento do animal fica mais nítido quando o pet começa a ter menor energia para brincar, apresenta problemas na visão, na audição ou aparecem os pelos brancos. “Além disso, os animais mais velhos tendem a ficar mais letárgicos também e a dormirem mais horas ao longo do dia”, complementa.
O especialista ainda apresenta mais algumas dicas importantes para quem tem pets idosos em casa. Segundo ele, é importante acompanhar a dieta dos animais mais velhos e incluir alimentos com poder antioxidante. “Além disso, estes pets devem fazer exercícios mais leves, com menos impacto para as articulações dos animais, como caminhadas”, orienta.
O cuidado com parasitas externos deve ser redobrado: doenças como babesiose, erliquiose e febre maculosa, as quais são transmitidas por carrapatos, por exemplo, podem ser ainda mais danosas à saúde do animal que já está fragilizado pela idade. “Também é preciso atenção extra com escadas e móveis, já que tanto os cães como os gatos podem ter danos nas articulações pelo esforço repetido, o que prejudica a sua qualidade de vida, ainda mais quando velhos”, discorre.
Manter a saúde bucal dos pets em dia é um grande desafio para os tutores e é sobre isso a última dica de Barboza: “Esse problema pode ter consequências graves para a saúde do animal, como gengivite e doença periodontal, que causam dor e dificuldade de mastigação. Por isso, é preciso escovar os dentes do pet ao menos uma vez na semana e manter sua consulta com o veterinário em dia”, finaliza.
Fonte: AI, adaptado pela equipe Cães&Gatos VET FOOD.