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Inovação e Mercado

PROFISSIONAL APONTA OS PRINCIPAIS OBJETIVOS DAS NOVAS COMISSÕES DO CFMV

Por Equipe Cães&Gatos
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Cláudia Guimarães, da redação

claudia@ciasullieditores.com.br

Uma empresa ou entidade pública ou privada é composta por várias equipes que atuam em setores distintos a fim de um bem em comum. No caso do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV, Brasília/DF), que visa cuidar de cada detalhe que envolve a profissão de médicos-veterinários, existem comissões formadas por pessoas que têm conhecimento específico de uma área, mas que, também, carregam uma visão geral da atividade no Brasil.

De acordo com a médica-veterinária e assessora Técnica do CFMV, Erivânia Camelo, o objetivo de todas as comissões do Conselho é atender aos segmentos da Medicina Veterinária e Zootecnia, além de buscar novas soluções para os problemas das profissões. “Também está entre suas funções discutir a formação do profissional, a legislação e os anseios da sociedade”, explica.

Recentemente, foram formados novos grupos compostos de forma mais ampla, por professores, profissionais autônomos e da defesa sanitária. “Tentamos, nessas comissões, valorizar a importância do veterinário na Saúde Única e trabalhar com temas emergentes, de grande impacto para as profissões. Também buscamos formar equipes que tragam uma melhor contribuição para a sociedade e que apresentem trabalho de relevância”, declara.

Erivânia acredita que cada comissão terá muitos desafios a superar. “Pelo tamanho do País e pela importância que ele tem na produção de alimentos, acredito que a Comissão Nacional de Tecnologia e Higiene Alimentar, por exemplo, deve ter muito trabalho pela frente. Há grandes gargalos que precisam ser discutidos, como o abate clandestino, a exportação de alimentos e a padronização do serviço de inspeção dos municípios. Mas, em termos mais gerais, precisamos atualizar a legislação e trazer uma nova perspectiva para a Medicina Veterinária, de trabalho integrado com outros setores da saúde, pois só o veterinário trabalha com a saúde dos animais, dos humanos e do meio-ambiente”, frisa.

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Estudantes e docentes também contam com o amparode uma equipe: a Comissão Nacional de Residênciaem Medicina Veterinária (Foto: reprodução)

Repaginando. O nome de várias antigas comissões foi mantido, mas a assessora Técnica conta que foi alterada a composição dos grupos para a nova gestão (2017-2020). “Outras, são comissões totalmente novas. Fizemos essas mudanças para atender às áreas de forma mais específica”, afirma. A antiga Comissão Nacional de Ética, Bioética e Bem-estar Animal, por exemplo, foi desmembrada em três comissões, pela necessidade de se discutir no Conselho esses temas e buscar uma posição mais clara. “Eram temas muito amplos para uma comissão só. Agora, demos a oportunidade de mais profissionais opinarem sobre os temas de maior importância”, adiciona. As mudanças foram instauradas buscando compor as comissões com profissionais de todas as regiões do País como comenta Erivânia.

Novidades. Existem 13 diferentes comissões, até o momento, dentro do CFMV, que pretende ampliar esse número ainda neste mês. Além dessas, também há as Câmaras Técnicas de Medicina Veterinária e de Zootecnia. A Comissão Nacional de Estabelecimentos Veterinários (CNEV) foi criada para propor diretrizes às ações dos estabelecimentos veterinários, apresentar posicionamento técnico, bem como analisar as demandas e necessidades dos CRMV’s relativas ao funcionamento e fiscalização destes locais. O escolhido para estar à frente desse grupo foi o Wanderson Alves Ferreira.

A Comissão Nacional de Animais Selvagens (CNAS), presidida pelo veterinário Francisco Edson Gomes, tem o propósito de assessorar a administração do CFMV nos temas referentes a animais selvagens de fundamental importância, haja vista a grande diversidade da fauna do País e a necessidade de mantê-la e valorizá-la.

Já a Comissão Nacional de Educação da Medicina Veterinária (Cnemv) tem a missão de servir como órgão de consulta e assessoramento técnico da Diretoria Executiva e do Plenário do CFMV. Ela se faz necessária ao exercício pleno da competência normativa, jurisdicional e administrativa do Conselho em questões relacionadas à educação e é dirigida por Rafael Gianella Mondadori.

A Comissão Nacional de Educação em Zootecnia (CNEZ), que tem como presidente a zootecnista Ana Cláudia Ambiel, busca, como conta Erivânia, fomentar a divulgação da profissão, zelar pela qualidade do ensino e pela valorização do profissional. A CNEZ coordena discussões que possam nortear a qualidade do ensino de Zootecnia no Brasil, propondo ações nas instituições de Ensino Superior e órgãos governamentais, entre outras funções.

Fortalecer e expandir o conhecimento e o exercício da Medicina Veterinária e da Zootecnia na área ambiental é a principal missão da Comissão Nacional de Meio Ambiente (CNMA), que desenvolve o trabalho em prol da sustentabilidade, difundindo e consolidando dentro e fora da categoria a atuação do médico veterinário e zootecnista na área. A equipe é liderada pelo veterinário Nestor Werner.

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Foram formados novos grupos compostos de forma mais ampla,por professores, profissionais autônomos e da defesa sanitária (Foto: reprodução)

A profissional menciona que os estudantes e docentes também contam com o amparo de uma equipe: a Comissão Nacional de Residência em Medicina Veterinária (Cnrmv) orienta os coordenadores de programas de residência sobre como alcançar qualidade adequada, garantindo o treinamento eficiente ao residente. Quem está à frente do grupo é Fábio Fernando Ribeiro Manhoso. Também há a Comissão Nacional de Saúde Pública Veterinária (Cnspv), que atua para tornar reconhecidas a presença, a participação e a importância do médico-veterinário na Saúde Pública e é presidida por Nélio Batista de Morais.

Divisões da antiga Cebea. Como mencionado por Erivânia, a Comissão de Ética, Bioética e Bem-estar Animal foi desmembrada por três: a primeira é a Comissão Nacional de Bem-estar Animal (Cobea), que tem como atribuições o estudo e a apreciação de temas relacionados ao bem-estar dos animais de experimentação, produção, companhia, silvestres, esportes e de trabalho. O presidente é o médico-veterinário Cássio Ricardo Ribeiro.

Luis Eduardo Ribeiro da Cunha preside a segunda: Comissão Nacional de Bioética e Biossegurança (Conbb), que analisa assuntos relacionados à ética na utilização dos animais de experimentação, propõe diretrizes para a regulamentação das profissões, revisa e sugere a atualização e harmonização da legislação, além de apresentar posicionamento técnico sobre o tema conforme demanda e necessidade dos CRMV’s e do CFMV.

Já a terceira, Comissão Nacional de Ética e Legislação (Conel), tem como atribuições propor diretrizes para regulamentação da Medicina Veterinária e Zootecnia, revisar e indicar a atualização e harmonização da legislação, apresentar posicionamento técnico e analisar as demandas e necessidades dos Conselhos Regionais de Medicina Veterinária (CRMVs), entre outros encargos, e quem preside é Ismar Araújo de Moraes. 

Também foi inaugurada a Comissão Nacional de Responsabilidade Técnica (Conret) para oferecer diretrizes para regulamentação da responsabilidade técnica. O presidente é o veterinário Irineu Machado Benevides Filho. A lista de novatas também inclui a Comissão Nacional do Agronegócio (Conagro), presidida por Marcelo Renck Real, e a Comissão Nacional de Tecnologia e Higiene Alimentar (Contha), que, antigamente, era chamada de Comissão de Alimentos e, hoje, é gerida por José Maria dos Santos Filho.