Veterinários puderam desfrutar das informações do “Aqui se trata Diabetes”
Cláudia Guimarães, do Rio de Janeiro (RJ)
claudia@ciasullieditores.com.br
Conhecimento é um dos pilares mais fortes da MSD Saúde Animal (São Paulo/SP) e, com esse foco, a empresa convidou cerca de 50 médicos-veterinários que trocaram a rotina de seus consultórios por um dia de atualização sobre o seguinte tema: “Aumentando a taxa de sucesso no tratamento da Diabetes Mellitus (DM) em cães”.
O encontro ocorreu em 17 de outubro, no Rio de Janeiro (RJ), e foi comandado pela médica-veterinária e sócia fundadora da Associação Brasileira de Endocrinologia Veterinária (ABEV) e da Endocrinovet, Alessandra Vargas.
Para iniciar a apresentação, que faz parte do Programa “Aqui se trata Diabetes”, da MSD, a palestrante realizou uma dinâmica com os veterinários presentes: perguntas sobre manejo da enfermidade, em forma de questionário, para que os convidados respondessem em um papel. “No fim da aula, as respostas serão apontadas para que vocês possam conferir o que acertaram e o que erraram e, assim, memorizarem as informações corretas”, disse.
Dando seguimento à apresentação interativa e dinâmica, a profissional indagou: “Se eu falo Diabetes, qual a primeira palavra que vem em sua cabeça?” e logo, concordando com os convidados, responde “hiperglicemia”. “Isso porque o Diabetes inclui um conjunto de transtornos metabólicos de diferentes etiologias, caracterizados por hiperglicemia crônica, resultante da diminuição da sensibilidade dos tecidos à ação da insulina e/ou da deficiência de sua secreção”, explicou.

Alessandra Vargas explica que o Diabetes pode causar odesenvolvimento de catarata nos cães, que é um dosprincipais medos dos tutores (Foto: C&G VF)
O Diabetes, segundo a especialista, pode causar, ainda, o desenvolvimento de catarata nos cães, que é um dos principais medos dos tutores. “Oriento que a doença pode ocorrer com frequência, mas previno o cliente de que, se o paciente tiver um bom controle glicêmico, pode voltar a enxergar normalmente, após uma cirurgia”, declarou Alessandra que adicionou: “No primeiro ano de diabetes, 20% dos animais desenvolvem catarata e, no terceiro ano, 70% deles”. Outras complicações do DM, segundo ela, são: poliúria/polidipsia, polifagia e emagrecimento.
O diagnóstico da Diabete Mellitus descomplicada, de acordo com a veterinária, são: anamnese, exames laboratoriais (hiperglicemia jejum e exame de urina) e hiperglicemia inequívoca (273, sem jejum). “Feito o diagnóstico, o veterinário deve solicitar outros exames complementares. Precisamos de exame de urina, hemograma, relação proteína/creatinina urinária, SDMA, função renal, perfil hepático, colesterol e triglicérides, pressão arterial, USG, entre outros”, enumerou.
Remediar. Alessandra mencionou que os objetivos do tratamento da doença são: redução das manifestações clínicas (poliúria e polidipsia), manutenção e ganho de peso, evitar a hiperglicemia, evitar a cetoacidose diabética (CAD), minimizar complicações e, ainda, satisfazer o tutor com o tratamento. “Tem cliente compulsivo com a glicemia, que mede várias vezes, muda o aparelho rotineiramente e esse não deve ser o foco da terapia”, expôs.
Com relação ao armazenamento, cada insulina tem suas particularidades, como destaca a profissional. No caso da Caninsulin, da MSD, deve ser guardada em refrigerador de 2 a 8° e, se não for possível refrigerar, guardar em até 25°. Além disso, é preciso proteger da luz. “Dando um spoiler: a MSD trará, no início do ano que vem, um frasco de Caninsulin de 10ml, o que prolongará a qualidade e eficácia do produto de 28 para 42 dias depois de aberto”, compartilhou.
“Aqui se trata Diabetes”. A gerente de Produto da linha Scalibor da MSD, Silvana Badra, revelou que o programa foi idealizado para atualizar não só endocrinologistas, mas, também, para passar informações importantes para os clínicos veterinários que desejam aumentar sua taxa de sucesso. “Esse curso aborda, não só a parte teórica, mas a parte pratica, muito importante, que é a de orientação ao tutor, sobre o que ele deve fazer em casa. O diabetes não se resume só em insulinoterapia, ele envolve outros fatores e a participação do proprietário no tratamento para determinar o sucesso do controle é essencial. O veterinário também deve ter a sensibilidade de adequar esse tratamento à disponibilidade do tutor”, citou.
A iniciativa fornece, além do workshop, alguns materiais importantes para o clinico utilizar no dia a dia, como contou Silvana: “Ele terá materiais de alerta ao proprietário sobre o que é o diabetes, quais os sintomas clínicos e outros esclarecimentos sobre a doença. Além disso, tem um folder com os cuidados que o proprietário deve ter em casa com o animal, onde há um QR code que direciona para um vídeo que mostra como preparar a insulina para aplicação e como aplicar. Muitas vezes, eles têm dúvidas em relação a isso e essa é uma parte muito importante do tratamento, pois, se não aplicar no local certo, se não homogeneizar e preparar da maneira correta, a taxa de sucesso do tratamento é comprometida”, salientou.
O projeto foi iniciado no Rio de Janeiro, mas a gerente revelou que será estendido para outros Estados, se tornando um programa nacional. “A ideia é proporcionar aos veterinários uma experiência onde eles tenham continuidade na forma de adquirir o conhecimento. Quando apresentamos a proposta à Alessandra Vargas, ela se animou bastante, porque é a primeira vez que surge um programa com todas essas características e essa parceria só poderia resultar em apresentações didáticas como esta”, declarou.

A gerente de Produto da linha Scalibor, da MSD, Silvana Badra, destacou a importância do programa(Foto: divulgação)