Profissionais devem realizar o manejo de animais selvagens africanos
Um grupo de médicos-veterinários brasileiros possui um objetivo em comum: adquirir conhecimento na conservação e medicina de animais selvagens e ainda contribuir para a sua preservação por meio do aprendizado e da participação no futuro. Assim, embarcam, no fim de junho, para a África do Sul.
Liderados pelo veterinário mestre e doutor pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, da Universidade de São Paulo (FMVZ-USP), com ênfase em Medicina de Animais Selvagens e Odontologia veterinária, Roberto Fecchio, e pelo diretor de Veterinária do Zoológico de Brasília (DF), Rodrigo Rabello, os participantes terão a oportunidade de vivenciar uma variedade de casos, projetos e experiências envolvendo a vida selvagem africana na reserva natural e centros de reabilitação da Amakhala Game Reserve, situada próximo à Port Elizabeth.
Com uma área de 20 mil hectares, a reserva oferece aos visitantes cenários com vegetação diversa, onde encontram-se os BIG 5 (elefante, rinoceronte, búfalo, leão e leopardo), entre outras espécies locais comuns, como zebras e girafas. O grupo de estudantes e veterinários do programa auxiliará uma equipe de conservação premiada, sob coordenação de conceituados especialistas, como William Fowlds, que dedica sua carreira veterinária à causa dos animais sul-africanos. “O programa é estruturado em módulos teórico-práticos e aborda desde o papel clínico do veterinário à preservação do habitat e gestão de recursos para a criação e proteção das populações de animais selvagens”, explica Fecchio.

Programa ainda conta com poucas vagas abertas e interessados devem se informar pelo site (Foto: divulgação)
O programa Vets Go Wild acontece desde 2009 e o turismo e programas de intercâmbio com apelo consciente estão cada vez mais em alta. A veterinária Carolina Fernandes fez parte da expedição e recomenda a experiência: “A África sempre foi um sonho pessoal, que se tornou profissional. No meu primeiro ano de graduação, vi no programa a oportunidade de ir ‘sozinha’, estando ao mesmo tempo cercada por pessoas que compartilhavam do mesmo objetivo que eu. Dois dias antes do embarque, tivemos um curso preparatório sobre a fauna africana e as práticas veterinárias, que são absolutamente diferentes da medicina de animais selvagens no Brasil. Como eu estava no primeiro ano da graduação, ainda não tinha muitos conhecimentos técnicos e nem muita prática, mas, desde o início, fui muito bem assistida, contando com o apoio teórico de palestras. A viagem é muito bem planejada a fim de que os estudantes aproveitem o lugar e tirem o máximo de experiências profissionais e pessoais todos os dias, e toda a equipe se esforça muito por isso. Cada dia valia por uma vida inteira”, declara.
O programa ainda conta com poucas vagas abertas. Mais informações sobre a programação e valores podem ser conferidos neste site.
Fonte: AI, adaptado pela equipe Cães&Gatos VET FOOD.