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Clínica e Nutrição

Protozoário causa doença dos pontos brancos em peixes marinhos

Por Equipe Cães&Gatos
Por Equipe Cães&Gatos

O comércio de peixes marinhos agrega espécies de peixes de muitos países, totalizando 1450 espécies, das quais 90% são capturadas em seu habitat natural. Assim, essa prática pode prejudicar o equilíbrio da vida marinha e colocar em risco certas populações de espécies selvagens. Além disso, por meio desta atividade, a translocação de indivíduos é capaz de disseminar patógenos, como protozoários ectoparasitas, para diversos lugares. Nesse cenário, entra em discussão a doença dos “pontos brancos”, uma enfermidade extremamente comum na clínica de peixes marinhos teleósteos.

A criptocarionose ou doença dos “pontos brancos” em peixes marinhos é causada pelo Cryptocaryon irritans, um protozoário que apresenta aparência bem característica com uma forma oval, cílios e um núcleo com quatro segmentos. Este ectoparasita obrigatório de peixes selvagens ou cativos apresenta ciclo de vida complexo, pois o parasita possui desenvolvimento tanto no hospedeiro quanto no ambiente aquático.

O peixe infectado pelo parasita apresenta pontos brancos ou nódulos nas nadadeiras, pele e brânquias, os quais evidenciam a invasão do protozoário no epitélio desses tecidos, afetando suas funções fisiológicas. Contudo, a ausência de lesões macroscópicas não exclui a possibilidade do animal ter uma infecção assintomática, sendo indispensável a realização do diagnóstico microscópico. Outros sinais apresentados pelo peixe acometido pela doença são: “flashing”, brânquias pálidas, dificuldade respiratória (observada pelo aumento da frequência dos movimentos operculares), perda de peso, letargia, irritação da pele, e aumento da produção de muco.

Leia o artigo completo na edição de janeiro da C&G VF. Acesse revistacaesegatos.com.br!

Referências bibliográficas

Cardoso, P. H. M.; BalianS. C. Cryptocaryon irritans em peixes ornamentais marinhos importados. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 13, n. 2, p. 43-44, 10 nov. 2015.

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Fonte: Redação Cães&Gatos VET FOOD. 

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