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Pets e Curiosidades

Relação de amizade de cães e homens é mais antiga do que imaginamos

Eles são companheiros fiéis dos humanos há 12 mil anos, segundo novo estudo publicado na revista científica Science Advances
Por Equipe Cães&Gatos
Relação de amizade de cães e homens é mais antiga do que imaginamos
Por Equipe Cães&Gatos

A lealdade entre homens e cães surgiu muito antes do que se pensava, de acordo com uma nova pesquisa encabeçada pela Universidade do Arizona, nos Estados Unidos. Os cientistas encontraram evidências que sugerem uma convivência próxima entre as duas espécies há 12 mil anos.

Os achados, publicados nesta quarta-feira (4) na revista científica Science Advances, mostraram que os povos originários e os antepassados dos cachorros conviviam em harmonia 2 mil anos antes do que havia sido registrado anteriormente.

Os cientistas acreditam que as evidências encontradas sugerem uma dependência de humanos por parte dos caninos (Foto: Reprodução)

“Agora temos evidências de que canídeos e pessoas tinham relacionamentos próximos antes do que sabíamos nas Américas”, disse o principal autor do estudo, François Lanoë, professor assistente de pesquisa na Escola de Antropologia da Faculdade de Ciências Sociais e Comportamentais da Universidade do Arizona, em comunicado.

A descoberta

A descoberta foi realizada a partir de vestígios encontrados em um sítio arqueológico no Alasca, chamado Swan Point. Lanoë e equipe encontraram uma tíbia (osso inferior da perna) de um canino adulto em 2018 e datação por radiocarbono mostrou que o animal estava vivo em 10.000 a.C. (antes de Cristo), perto do fim da Era Glacial.

Além deste, uma mandíbula canina de 8.100 anos também foi encontrada pelo grupo em um local próximo, chamado Hollembaek Hill, em junho de 2023.

A partir da análise de ambos os ossos, foram encontradas proteínas de salmão, que indica a presença do peixe no cardápio regular pelos animais. Contudo, esse alimento não era típico dos caninos moradores da área naquela época, porque sua dieta se baseava em animais terrestres quase exclusivamente. Dessa forma, os cientistas acreditam que isso sugere uma dependência de humanos por parte dos caninos.

“Essa é a prova cabal porque eles não estão realmente atrás de salmão na natureza”, aponta o coautor do estudo Ben Potter, arqueólogo da Universidade do Alasca Fairbanks.

Os cientistas encontraram evidências que sugerem uma convivência próxima entre as duas espécies há 12 mil anos (Foto: Reprodução)

Não é o cão domesticado

Por outro lado, a equipe não vê indícios suficientes para acreditar que o canino encontrado seja um cão domesticado. Devido a serem tão antigos, não é possível encontrar aproximações entre os atuais cachorros e os animais encontrados nos sítios arqueológicos.

“Em termos de comportamento, eles parecem ser como cães, pois comem salmão fornecido por pessoas. Mas, geneticamente, eles não estão relacionados a nada que conhecemos”, esclarece Lanoë,

O pesquisador acredita que se tratavam de lobos domesticados pelos povos originários, ao invés de propriamente cães.

“Eu realmente gosto da ideia de que, no registro, por mais antigo que seja, é uma experiência cultural repetível que eu tenha esse relacionamento e esse nível de amor com meu cachorro. Eu sei que ao longo da história, esses relacionamentos sempre estiveram presentes. Eu realmente amo que possamos olhar para o registro e ver que milhares de anos atrás, ainda tínhamos nossos companheiros”, conclui Evelynn Combs, arqueóloga que trabalha no escritório de preservação cultural da tribo da região onde as escavações foram realizadas.

Fonte: O Globo, adaptado pela Equipe Cães e Gatos.

FAQ

Onde a pesquisa foi realizada?

A pesquisa encabeçada pela Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, por meio da Escola de Antropologia da Faculdade de Ciências Sociais e Comportamentais.

Quando e onde foi realizada a publicação da pesquisa?

Os resultados da pesquisa foram publicados nesta quarta-feira (4 de dezembro) na revista científica Science Advances.

Como foi feita esta descoberta?

A partir da análise de ambos os ossos, foram encontradas proteínas de salmão, que indica a presença do peixe no cardápio regular pelos animais.

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