Cláudia Guimarães, da redação
claudia@ciasullieditores.com.br
Muito se ouve falar sobre a saúde mental – ou a falta dela – entre os médicos-veterinários, já que a Medicina Veterinária está entre as profissões que mais apresentam síndromes e distúrbios mentais e, inclusive, com maior índice de suicídio em todo o mundo. Mas, o que, de fato, é feito para que esses problemas sejam prevenidos e tratados dentro dessa classe?
Pensando nisso, a Royal Canin criou o Programa de Suporte para Médicos-Veterinários parceiros da empresa. O médico-veterinário e presidente da Royal Canin Brasil, Pierre Wagner, conta que este é um projeto-piloto, desenvolvido em parceria com o Instituto Lincoln, da Austrália, com a finalidade de dar suporte e oferecer mais segurança na rotina dos profissionais, principalmente, os recém-formados. “São mais de 50 módulos estruturados em como lidar com o estresse e a ansiedade no trabalho, desde conflitos e fadiga da compaixão, até gerenciamento das expectativas do cliente sobre resultados clínicos e valores. Por se tratar de um projeto – ainda – piloto, trabalhamos com universidades, clínicas e hospitais parceiros e oferecemos o conteúdo, gratuitamente, para os interessados. A iniciativa ocorre em nível global”, revela.
A ideia do projeto surgiu, porque muita gente conhece a Royal Canin como uma empresa cujo compromisso é fazer Um Mundo Melhor para os Pets e para seus tutores, mas, por que não, ajudar a oferecer um ambiente de trabalho mais leve e cuidar de quem cuida dos animais da companhia? “Dentro do nosso plano de sustentabilidade, trabalhamos com propósitos apoiados em três pilares: planeta, pets e pessoas. Dentro do pilar pet, estão todas as ações relacionadas à saúde e ao bem-estar de gatos e cães. Faz parte do pilar planeta todas as ações focadas para melhorar nossa atuação ambiental, no caso do pilar pessoas, o foco é melhorar significativamente a vida profissional das pessoas em nossa cadeia de valor. Acreditamos que temos um papel importante para o aumento das oportunidades às pessoas nos locais de trabalho e nas comunidades em que atuamos. Por isso, investimos em programas específicos para médicos-veterinários e estudantes, como forma de fomentar o educacional sobre saúde e nutrição animal, além de oferecer mais confiança e segurança no dia a dia da profissão. Os profissionais da Medicina Veterinária são extremamente importantes para a sociedade. Queremos, portanto, apoiá-los no que for necessário para que possam trabalhar felizes e com uma adequada saúde mental para enfrentar os desafios cotidianos”, compartilha Wagner.
Mente em primeiro lugar!
O executivo lembra que um dos assuntos mais debatidos, dentro do tema saúde mental de veterinários, é a Fadiga por Compaixão. “No caso do médico-veterinário, ela representa a entrega, o envolvimento e a responsabilidade que este profissional carrega enquanto responsável pela vida e essa fadiga pode acarretar problemas de saúde mental para este profissional, como depressão, esgotamento, entre outros. Os veterinários têm um papel fundamental no ecossistema dos pets e, por isso, cuidar de quem cuida dos animais é uma das nossas missões. Estamos empenhados em oferecer todo o suporte necessário para que estes profissionais se sintam mais seguros e confiantes em sua rotina de trabalho”, reitera.
Como médico-veterinário que é, Pierre Wagner mostra que sente uma satisfação enorme em poder colaborar com outros profissionais no suporte à saúde mental. “Fico feliz em oferecer, junto com um time dedicado da Royal Canin no mundo, o melhor em termos de conteúdo. Sei dos desafios que a profissão enfrenta e tenho, como meta pessoal, apoiar, no que for necessário, à categoria de médicos-veterinários, para que, juntos, possamos oferecer um mundo melhor para os pets”, garante.
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